O conceito de sorte é algo que ganha outros significados, principalmente quando pessoas como a influencer e tatuadora Mia Schem contam os horrores sofridos por elas. A jovem ficou refém nas mãos de soldados do grupo Hamas por 54 dias até ser libertada em um acordo de cessar-fogo com as forças de defesa de Israel.
Em sua primeira entrevista, veiculada pela emissora Israel Channel 13 News, a franco-israelense afirmou que por um detalhe aparentemente simples escapou de ser estuprada no cativeiro, violência que teria sido realizada contra outras várias mulheres que passaram pela mesma situação que ela.
De acordo com Mia, o homem que a mantinha prisioneira só não a violentou porque "Sua esposa estava fora do quarto com as crianças". "Essa foi a única razão pela qual ele não me estuprou", apontou a jovem.
Mia disse foi mantida em um quarto escuro sob vigilância constante durante a maior parte do tempo em Gaza. Ela afirmou também que passou fome e foi insultada pela família do terrorista enquanto se perguntava se seria morta a qualquer momento.
"[Eu estava] fechada em um quarto escuro, sem permissão para falar, sem permissão para ser vista e ouvida, escondida", relatou Mia na entrevista. "Há um terrorista olhando para você 24 horas por dia, 7 dias por semana, olhando, estuprando você com os olhos dele. Há medo de ser estuprada, há medo de morrer", disse Schem, às vezes caindo em prantos ao lembrar do trauma.
"A esposa dele odiava o fato de ele e eu estarmos na mesma sala. Você sente vontade de um abraço, sabe, de mulher para mulher, para desmoronar um pouco. Isso é tudo que eu tinha lá. Mas ela era tão má, ela tinha olhos tão maus", recordou.
Mia estava entre os mais de 200 israelenses feitos reféns durante o ataque de 7 de outubro por soldados do Hamas, que mataram mais de 1.200 pessoas no ataque. Ela estava na fatídica rave que acabou sendo alvo dos terroristas, mas acabou escapando da morte ao contrário de outras pessoas que estavam no mesmo local.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br