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3 sinais menos conhecidos da depressão, segundo especialistas


Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Tristeza, solidão, isolamento, diminuição do humor, falta de energia, pensamentos suicidas, distúrbios do sono e alimentares são os sinais mais frequentemente associados à depressão. A doença que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge aproximadamente 300 milhões de pessoas em todo o mundo pode, no entanto, se manifestar de formas menos conhecidas.

Por isso é importante observar que a presença de um ou mais sintomas não necessariamente confirmam a depressão, mas acender um sinal de alerta.

Conheça alguns sinais e sintomas menos conhecidos de depressão:

Dores físicas inexplicáveis
Pessoas deprimidas também podem relatar dores crônicas, dores de cabeça, dores musculares e outros desconfortos físicos que não têm uma causa médica aparente.

Irritabilidade
Algumas pessoas deprimidas tornam-se irritadas, descontando essa raiva em praticamente tudo e em todos na sua vida. Eles têm mudanças de humor inexplicáveis ?

Culpa
Pessoas deprimidas podem se sentir excessivamente culpadas, mesmo por coisas que estão fora de seu controle, e ter uma visão negativa de si mesmas.

O que é depressão?

O transtorno depressivo pode começar em qualquer idade, com idade média de início em torno dos 25 anos. A depressão também pode acontecer com qualquer pessoa e é diferente das mudanças regulares de humor, uma vez que pode afetar todos os aspectos da vida, incluindo relacionamentos e trabalho.

A condição pode ser categorizada como leve, moderada ou grave dependendo do número e da gravidade dos sintomas, bem como do impacto no funcionamento do indivíduo.

Além disso, de acordo com especialistas, alguns pacientes apresentam episódios isolados de depressão grave seguidos de muitos anos sem sintomas, enquanto outros apresentam grupos de episódios e outros ainda apresentam episódios cada vez mais frequentes com o aumento da idade.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é clínico, ou seja, é feito a partir da observação de um conjunto de sintomas que ocorrem concomitantemente na área dos sentimentos, emoções, pensamento e no corpo físico. "Não existe nenhum exame clínico (de imagem ou de laboratório) que possa fazer o diagnóstico da doença, nem descartá-la", explica o médico.

Tratamento

Embora possa ser um distúrbio grave, há tratamento para depressão por meio de psicoterapia, medicamentos antidepressivos ou uma combinação de ambos, dependendo da gravidade.

Metade dos casos, de acordo com Fernandes, não responde de uma maneira satisfatória à primeira medicação, sendo necessário, em algumas vezes, ajustes de doses e remédios. "Ao combinar todas as estratégias disponíveis, em 80% dos casos restaura-se a vida normal da pessoa, deixando-a livre dos sintomas. E nos 20% restantes, consegue-se uma melhora muito grande, diminuindo a incapacitação e os riscos", afirma Fernandes.

Ainda há outras modalidades de tratamento com grau de evidência de eficácia, como a estimulação magnética, a fototerapia (tratamento de luz) e a eletroconvulsoterapia, em casos mais graves.

A prática de exercícios físicos, sobretudo os aeróbicos, que liberam endorfina (hormônio do prazer), também podem ajudar. "Medidas de melhoria do estilo de vida são importantes, não só na depressão, como em qualquer doença", destaca o médico.

É importante que ao menor sinal da doença, a pessoa busque ajuda. É possível fazer um acompanhamento com um médico de família gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os centros de Atenção Psicossocial (CAPS) também atendem todos os casos de depressão, mas são especialmente formulados para os níveis moderados ou graves.

Créditos: Catraca Livre

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