O ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, foi preso no dia 19 de dezembro de 2019 – há exatos quatro anos, no âmbito da Operação Calvário, que investiga desvios de recursos públicos por intermédio de contratos feitos pela gestão de Ricardo com organizações sociais.
A ordem judicial foi cumprida quando o ex-governador desembarcou em Natal (RN), de uma viagem de férias à Turquia. A prisão de Ricardo foi mantida em audiência de custódia realizada no dia seguinte, mas o ministro Napoleão Nunes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mandou soltá-lo no sábado (21).
De acordo com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), Ricardo Coutinho era líder do núcleo político da organização criminosa investigada na Operação Calvário, que contava ainda com os núcleos econômico, administrativo e financeiro operacional.
Além do ex-governador, são citados outros 34 investigados, entre eles a ex-secretária Livânia Farias e o irmão de Ricardo, Coriolano Coutinho. O grupo seria responsável pelo desvio de aproximadamente R$ 134 milhões dos cofres públicos.
Ricardo era apontado como responsável direto pela tomada de decisões e pelos métodos de arrecadação de propina, bem como sua divisão e aplicação. Diálogos do ex-governador com Daniel Gomes, do núcleo econômico, foram inseridos no processo. Na conversa, os dois estariam discutindo valores de supostas propinas.
Na última decisão judicial sobre o caso, em 30 de novembro deste ano, O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade que a Justiça Eleitoral será o órgão competente para julgar o processo contra Ricardo Coutinho.
Fonte: PORTAL CORREIO