Quase uma década após a trágica morte do repórter cinematográfico Santiago Andrade, ocorrida durante a cobertura de uma manifestação no centro do Rio de Janeiro, teve início na tarde desta terça-feira (12) o julgamento da dupla de black blocs composta por Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza. Eles são acusados de terem causado a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Band, em fevereiro de 2014, durante um protesto no Centro da capital fluminense.
A dupla enfrenta a denúncia do Ministério Público por homicídio qualificado por emprego de explosivo, sendo que a pena prevista pode chegar a 30 anos de prisão.
A previsão é que testemunhas de acusação e defesa, além dos dois réus, sejam ouvidas no 3º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro durante o julgamento. Posteriormente, o júri irá deliberar sobre a culpa ou inocência dos acusados.
O cinegrafista, que cobria uma manifestação no centro do Rio de Janeiro, foi atingido na cabeça por um rojão em 2014, conforme mostram fotos da época registrando o momento da explosão.
Os réus Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza respondem pelos crimes de homicídio doloso qualificado e explosão. Em caso de condenação, enfrentam uma possível pena de até 30 anos de prisão.
O julgamento, inicialmente previsto para 2019, foi suspenso após um habeas corpus ser concedido à defesa de Caio.
O cinegrafista da TV Bandeirantes foi atingido por um rojão enquanto registrava um confronto entre manifestantes e policiais durante um protesto contra o aumento da passagem de ônibus no centro do Rio, em 6 de fevereiro de 2014. Santiago foi socorrido por colegas de imprensa e levado ao Hospital Souza Aguiar, na mesma região. Ele sofreu afundamento do crânio, permanecendo internado por quatro dias até ter a morte cerebral constatada em 10 de fevereiro do mesmo ano.
Fonte: Gazeta Brasil