O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou inquérito para investigar a interdição de três estruturas da Vale pela Agência Nacional de Mineração (ANM) em Mariana (MG), na última sexta-feira (10).
O fechamento foi ordenado por problemas de estabilidade. Segundo a ANM, três estruturas foram interditadas após detecção de problemas na estabilidade física e nos sistemas de drenagem, todas na Mina da Fábrica Nova.
São elas: Pilhas de Estéril (PDE) Permanente I, Permanente II e União Vertente Santa Rita
Nos documentos, a ANM classifica a situação das estruturas como em "risco iminente".
A estimativa é que 295 pessoas vivam na área que fica abaixo das barragens e que podem ser atingidas em caso de acidente ou rompimento — a chamada zona de autossalvamento (ZAS). Essa população vive no distrito de Santa Rita Durão.
Ainda de acordo com a ANM, esses problemas na estrutura podem ocasionar incidentes semelhantes ao que atingiu o dique da Mina Pau Branco, em Nova Lima, na Grande BH.
Em janeiro de 2022, a estrutura transbordou e o material se espalhou pela BR-040.
"Se o mesmo ocorrer nestas estruturas, não teremos um problema com uma rodovia e sim com 295 pessoas residentes na ZAS", diz o trecho do texto da ANM.
Na tarde de hoje (13), a Defesa Civil de Mariana, a Defesa Civil Estadual, o MPMG, a ANM e a Fundação de Meio Ambiente de Minas Gerais farão uma fiscalização conjunta das estruturas.
A decisão de retirar ou não os moradores de casa será tomada após essa vistoria.
Até o momento, todos seguem em nas residências.
Fonte: Gazeta Brasil