O Twitter anunciou que restringiria o acesso dos usuários turcos a alguns conteúdos em resposta ao "processo legal" e para garantir que a plataforma "permaneça disponível para o povo" de Türkiye durante as eleições presidenciais e parlamentares em seu país.
Em comunicado neste sábado (13), a empresa não especificou quais contas seriam afetadas, mas acrescentou que informou os "correntistas" sobre a ação. Muitos usuários, incluindo o jornalista Matthew Yglesias, discordaram dessa decisão.
"O governo turco pediu ao Twitter para censurar seus oponentes pouco antes de uma eleição e [Musk] obedeceu", afirmou Yglesias em um tweet.
O chefe do Twitter, Elon Musk, rapidamente recuou em um tweet de sua autoria, justificando a decisão de impor restrições ao conteúdo visto de Türkiye.
"Seu cérebro caiu da sua cabeça, Yglesias? A escolha é [ter] o Twitter estrangulado em sua totalidade ou limitar o acesso a alguns tweets. Qual deles você quer?" o bilionário argumentou.
"Isso é normal para todas as empresas de Internet – vamos apenas deixar claro que isso está acontecendo, ao contrário dos outros", acrescentou Musk mais tarde. Em uma postagem separada, o CEO do Twitter prometeu "postar o que o governo da Turquia nos enviou".
No domingo, os eleitores de Türkiye votarão para o presidente e 600 membros do parlamento do país, a Grande Assembleia Nacional. Várias pesquisas preveem uma disputa acirrada pela presidência entre o atual Recep Tayyip Erdogan e o líder do Partido Popular Republicano, Kemal Kilicdaroglu.
Ancara ocasionalmente limita o acesso às mídias sociais após emergências, como ataques terroristas e desastres naturais, citando a necessidade de evitar o pânico e a disseminação de informações falsas. Em março de 2014, o regulador de comunicações turco bloqueou completamente o acesso ao Twitter, alegando falha na remoção de "conteúdo prejudicial". A proibição foi suspensa no mês seguinte.
Gazeta Brasil