O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Adolfo Menezes, acompanhado da esposa Denise Menezes, visitou, nesta segunda-feira (25), o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal D. Sérgio da Rocha. "Foi um encontro de natureza espiritual, agradabilíssimo e muito importante nestes tempos em que precisamos de paz. A Igreja Católica é muito relevante na Bahia e deve participar, junto com outras religiões, deste mutirão contra a violência, em que toda a sociedade baiana deve participar", declarou Menezes
"Vossa Eminência não só se mostrou disposto a integrar essa ampla frente em defesa da vida e da paz, como já possui cerca de 60 iniciativas de cunho social, só em Salvador, para minorar o problema. Não iremos resolver a questão da violência no Brasil, e particularmente na Bahia, sem a união de todos", completou o presidente da Asembleia.
O cardeal D. Sérgio disse que o encontro com o chefe do Legislativo estadual já deveria ter ocorrido antes e que a Igreja Católica está pronta para cooperar com o Executivo, com o Legislativo e o Judiciário nesta cruzada pela paz na Bahia e no Brasil. "Primeiro foi a pandemia que atrapalhou a nossa agenda – cheguei aqui no auge da doença – depois, foi a falta de coincidência entre as nossas agendas, já que o presidente da Assembleia também não para. Finalmente nos encontramos, e quero afirmar que vamos marchar juntos pela paz, seja em atos públicos ecumênicos, seja através de ações sociais, que já realizamos — tanto a Assembleia, como a nossa Arquidiocese", disse D. Sérgio, que embarca para o Vaticano, depois de amanhã, para o Sínodo dos Bispos, convocado pelo papa Francisco.
D. Sérgio da Rocha integra o Conselho de Cardeais, conhecido como C9, nomeado, em março deste ano, pelo papa Francisco. É o único clérigo da América Latina no colegiado de nove cardeais, que tem ainda representantes de Roma, do Vaticano, de Kinshasa, de Mumbai, de Boston, de Barcelona, de Québec e de Luxemburgo. O Conselho de Cardeais foi instituído pelo papa Francisco com a tarefa de auxiliá-lo no governo da Igreja universal e de estudar um projeto de revisão da Cúria Romana.
Sobre a possibilidade de ser o próximo Chefe da Igreja Católica na sucessão papal, D. Sérgio disse que não existe campanha, mas que acha muito difícil um nome da América Latina herdar o trono de São Pedro. Mas, brincou: "Quem sabe com a assessoria do presidente Adolfo Menezes, que entende bem de colegiado e que teve 62 votos na Assembleia, de 63 possíveis?", brincou o arcebispo primaz do Brasil.
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