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Anvisa

Anvisa aprova novo medicamento para diabetes tipo 2


(Divulgação)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (25) o Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lilly, um medicamento injetável semanal para melhorar o controle da taxa de açúcar no sangue de pacientes adultos com diabetes tipo 2.

Mounjaro é a primeira e única medicação disponível e aprovada capaz de atuar nos receptores dos dois hormônios incretínicos, o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon).

Os hormônios incretínicos são secretados pelo intestino em resposta aos nutrientes e atuam melhorando a liberação de insulina após uma refeição. Sabe-se que pacientes com diabetes tipo 2 têm uma diminuição nesse efeito.

A aprovação de Mounjaro foi baseada nos resultados do programa SURPASS, um conjunto de dez estudos clínicos de fase 3 que recrutou mais de 19 mil pacientes com diabetes tipo 2 em todo o mundo, incluindo o Brasil.

No SURPASS-2, o maior estudo do programa, a eficácia e segurança de Mounjaro em pacientes adultos com diabetes tipo 2 foram comparadas a da semaglutida 1mg.

No início do estudo, os pacientes tinham, em média, diabetes por 8,6 anos, taxa de açúcar no sangue em 8,28% e peso corporal de 93,7kg. Mounjaro foi superior à semaglutida no controle glicêmico e na perda de peso em todas as doses estudadas (5mg, 10mg e 15mg).

Os resultados deste estudo foram apresentados no American Diabetes Association (ADA) 2022 e mostraram que:

Em uma análise exploratória do mesmo estudo, Mounjaro também demonstrou mais rapidez para proporcionar resultados para os pacientes. Participantes do estudo utilizando qualquer dose de Mounjaro alcançaram a meta de índice glicêmico abaixo de 7% em apenas oito semanas, quatro semanas mais rápido que semaglutida.

No mesmo estudo, pacientes utilizando Mounjaro (10mg e 15mg) alcançaram a meta de atingir pelo menos 5% de redução de peso em doze semanas, enquanto pacientes utilizando semaglutida levaram 24 semanas. Mesmo na dose mais baixa de Mounjaro (5mg), pacientes levaram 16 semanas para atingir esta meta.

O perfil de segurança geral de Mounjaro foi semelhante à bem estabelecida classe de agonistas do receptor do GLP-1. Em todos os braços de tratamento, os eventos adversos mais comumente relatados foram relacionados ao trato gastrointestinal.

De acordo com a edição 2021 do Atlas do diabetes, da International Diabetes Federation, o Brasil é o sexto país com maior número de pessoas com diabetes no mundo, cerca de 15,6 milhões, podendo chegar a 23,2 milhões em 2045. Hoje, sabe-se que 90% dos pacientes diagnosticados com diabetes tipo 2 possuem sobrepeso ou obesidade.

Gazeta Brasil

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