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Tratamento Revolucionário

Tratamento Revolucionário: Colírio de R$ 3 Milhões por ano restaura a visão de jovem com doença rara


(Pixabay)

Antonio, um jovem cubano de 12 anos, recuperou a visão após o uso de um colírio genético criado especialmente para ele. O menino sofre de uma condição genética rara chamada epidermólise bolhosa, que causa bolhas na pele e, em casos mais graves, afeta a visão.

De acordo com a reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, Antonio começou a fazer tratamento nos Estados Unidos aos quatro anos de idade. Em 2017, aos oito anos, ele começou a ser tratado pelo oftalmologista espanhol Alfonso Sabater.

Na primeira tentativa de tratar os olhos, o médico fez cirurgias para retirar as cicatrizes que cobriam as córneas de Antonio. No entanto, dois meses depois elas voltaram.

Foram anos buscando uma solução, até a mãe de Antonio informar que o jovem estava recebendo um tratamento genético para a pele. O médico então teve a ideia de adaptar o remédio para a pele para ser usado como colírio.

O tratamento experimental foi aprovado pela agência reguladora dos Estados Unidos após mais de um ano de testes. O custo é muito alto, cerca de R$ 3 milhões por ano, mas o fabricante forneceu o remédio de graça para o menino.

A aplicação do colírio começou no olho direito de Antonio, após mais uma cirurgia para a retirada das cicatrizes. O resultado foi considerado incrível.

O remédio genético contém um vírus que é desativado e aplicado nos olhos. Ele insere nas células da córnea uma proteína que o corpo de Antonio não fabrica, chamada colágeno sete.

A terapia introduz as instruções genéticas para que a célula produza a proteína que o paciente não produz. Mas quando essa célula morre, outra nasce e é preciso administrar o tratamento novamente. Por isso, Antonio tem que ir ao hospital toda semana para receber o colírio.

"Ele enxerga perfeitamente bem. Se ele pudesse andar e usar as mãos, poderia tirar a carteira de motorista aqui na Flórida com a visão que ele tem", conta Sabater.

O médico acredita que a experiência pode ser base para o desenvolvimento de terapias similares para outras doenças genéticas que afetam a visão.

"É uma grande mudança. Visão quase perfeita, é impressionante. O tratamento foi um êxito e o olho esquerdo também está melhorando", comemora Antonio.

Gazeta Brasil

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