Como definir o que causa o afastamento dos casais ao longo do tempo de relacionamento? São objetivos diferentes? Esfriamento do amor? Perda da admiração pela pessoa amada? Falta de companheirismo?
São muitos os fatores que envolvem as relações afetivas, então os motivos para os atritos ou para o término tendem a ser variados e complexos. Comportamentos disfuncionais, no entanto, costumam causar problemas aos casais. Eles podem transformar uma relação legal em uma relação tóxica.
Os casais normalmente não têm consciência das suas atitudes negativas ou não conseguem dar o braço a torcer por orgulho ou medo. Dessa maneira, esses comportamentos se tornam corriqueiros na dinâmica da relação e causam danos contínuos.
Confira abaixo sete comportamentos que atrapalham os relacionamentos, e não se assuste se encontrar algum em seu relacionamento.
Alguns comportamentos disfuncionais são indícios de um relacionamento pouco sadio. A existência deles não quer dizer, contudo, que o casal precise terminar imediatamente. Pelo contrário, os cônjuges podem conversar e decidir, em conjunto, o que fazer para tornar a relação mais saudável.
Todos nós precisamos falar o que pensamos e conceder feedback para os nossos cônjuges ocasionalmente. Por exemplo, "eu não gosto quando você não avisa que vai chegar tarde do trabalho" ou "quando você usa esse tom comigo, me magoa". Esse tipo de crítica é razoável.
Através desse criticismo, o casal consegue construir uma relação satisfatória para ambos. O verdadeiro problema são as críticas que não possuem essa intenção.
Chamar o parceiro de sensível quando ele expressa sentimentos, criticar as suas escolhas, insultar características físicas e só evidenciar os seus defeitos são críticas cuja intenção é ferir. Também são uma forma de se posicionar em uma posição de poder em relação ao parceiro.
Não há coisa pior do que tratar alguém com atitudes passivas-agressivas. Quando uma pessoa quer falar sério e a outra é irônica, indiferente ou prepotente, nada se resolve. Da mesma forma, quando se está incomodado com alguma coisa e se joga indiretas em vez de tocar no assunto, uma pessoa provoca raiva na outra desnecessariamente.
Ignorar, inventar desculpas com regularidade, dar conselhos indevidos e fazer elogios sarcásticos também são atitudes passivas-agressivas que causam estragos no relacionamento.
Todos nós ficamos na defensiva vez ou outra, principalmente quando o tópico é delicado para nós ou sentimos que precisamos esconder as nossas fragilidades.
E, ocasionalmente, um parceiro pode criticar o outro sem fundamento. Nesta situação, conversar sobre a razão da crítica, expor o seu ponto de vista e ouvir o feedback do cônjuge são atitudes que ajudam o relacionamento a se fortalecer.
Já quando o cônjuge fica na defensiva e não consegue aceitar o que o outro está falando, impossibilita que impasses sejam resolvidos. O outro, então, pode sentir que está falando sozinho e fica frustrado.
Outro comportamento que atrapalha os relacionamentos é o tratamento do silêncio. Quem tem dificuldade para resolver conflitos ou é orgulhoso demais para admitir os erros costuma recorrer à essa tática para punir o cônjuge. Além de evitar conversar com ele, procura não responder as suas perguntas, evitar contato visual e não comparecer a compromissos importantes para ele. É impossível encontrar a solução para os impasses conjugais desse jeito.
Quando os casais possuem necessidades e expectativas distintas acerca do relacionamento, exigências equivocadas podem desestruturá-los.
Por exemplo, exigir que o parceiro seja capaz de identificar o seu humor sem que você precise dizer alguma coisa e, ainda, faça algo para você se sentir bem. Outro exemplo comum é exigir que o parceiro não compareça a um evento por ter alguém que você não gosta.
Essas exigências deixam claro que o cônjuge não possui maturidade emocional, além de exigir que o outro forneça constantes explicações do seu comportamento e se sinta na obrigação de agradar a pessoa amada o tempo inteiro.
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Quando se inicia um relacionamento sério, é preciso ter em mente que, assim como você, o cônjuge possui a individualidade e as vontades dele. Deslumbradas pela paixão, algumas pessoas se esquecem disso e não conseguem enxergar o parceiro como ele é de verdade.
Só com o tempo as ideias fantasiosas são quebradas. A partir daí, surgem as primeiras decepções com a personalidade, objetivos, estilo, crenças e opiniões do cônjuge. Em vez de tentar compreendê-lo como é, no entanto, a pessoa decepcionada procura "melhorá-lo".
Ela procura transformá-lo em alguém que ele não é somente para minimizar a frustração. Essa postura pode facilmente evoluir para uma de controle e se tornar tóxica para ambos.
As brigas de casais idealmente seriam resolvidas na intimidade, quando se está com a cabeça fria e disposto a conversar civilizadamente. Brigar na frente dos outros é uma maneira de expor a relação e, por vezes, questões que o outro não queira que sejam expostas.
As brigas em público também constrangem tanto os casais quanto as pessoas ao redor, que não sabem como reagir à situação. Quando acontecem frequentemente, os amigos e familiares podem começar a se preocupar com a saúde do relacionamento.
Se você acredita que certas atitudes e condutas estão atrapalhando o seu relacionamento, o nosso conselho é conversar com o seu parceiro sobre isso. Vocês podem tentar chegar à um consenso do que é preciso ser feito diferente para que ambos estejam felizes e satisfeitos com o rumo da relação.
Comportamentos sadios contrapõem os comportamentos disfuncionais. Eles corroboram para a longevidade dos relacionamentos afetivos e o fortalecimento da confiança e compreensão mútua. Abaixo, confira alguns comportamentos que ajudam os relacionamentos e procure replicá-los em sua vida amorosa.
Caso o seu cônjuge não se demonstre disposto a fazer pequenas mudanças para cuidar do relacionamento, talvez seja necessário repensar se ele é mesmo o correto para você.
Deixe as atitudes passivo-agressivas de lado, bem como a postura defensiva, e ouça o seu parceiro. Procure entender o que ele sente, como vê o relacionamento e o que deseja para o futuro.
Você não precisa concordar com tudo o que ele falar, apenas escutar sem fazer julgamentos. Aos poucos, com muito diálogo e escuta, vocês conseguirão identificar pontos problemáticos e os que já são considerados bons para ambos dentro da relação.
Se planejar para fazer os movimentos de mudança fica mais fácil quando se sabe onde se quer chegar e com o que você precisa trabalhar.
Aprenda a gerenciar as suas expectativas a respeito de outras pessoas e das situações. Tudo bem ter sonhos e esperar pelo melhor, ou ficar triste quando o que você queria que acontecesse não aconteceu. Todos nós temos um grau de expectativa o qual é praticamente impossível de extinguir.
O problema está em ter expectativas que vão além da realidade. Por exemplo, idealizar o parceiro perfeito quando, na vida real, é impossível encontrar a perfeição.
Ter expectativas muito altas também abre portas para a necessidade de controlar o outro. Você pode definir o que você quer em um relacionamento, como empatia e carinho, mas não pode exigir que o seu cônjuge corresponda a todas às suas vontades.
Não esconda sentimentos, expectativas e intenções do seu parceiro, esperando que ele seja capaz de percebê-las sozinho. Seja honesto com ele para que ele possa construir um bom relacionamento junto com você. Caso contrário, vocês podem acabar indo para direções opostas.
Faça o que tem vontade dentro da relação, sempre respeitando a individualidade e vontades do seu parceiro. Não tenha medo de ser espontâneo e mostrar a sua fragilidade. Se o seu cônjuge não gostar desse nível de honestidade, ele pode não ser a pessoa certa para estar ao seu lado, principalmente nos momentos de necessidade.
Às vezes os casais não conseguem resolver os seus problemas conjugais sozinhos. Brigas frequentes, infidelidade, expectativas irreais, desconfiança, insatisfação sexual, criação dos filhos, visões distintas de futuro, dificuldade para administrar emoções – esses são alguns dos impasses que podem ser levados à terapia de casal.
Se você tentou de tudo e não conseguiu modificar comportamentos que causam estresse e desgaste no relacionamento, considere conversar com um psicólogo.
Compartilhar as suas angústias com o seu cônjuge fica mais fácil quando se tem um profissional mediando a situação e instigando reflexões necessárias para que ambos percebam atitudes tóxicas e improdutivas.
Fonte: Psicologo e terapia.