Os policiais militares envolvidos na ação que terminou com um adolescente morto e outro ferido em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, devem ser indiciados por homicídio. O inquérito da Polícia Civil que investiga o caso deve ser concluído nesta semana, quatro meses depois, segundo o delegado Diego Garcia. A informação foi confirmada com exclusividade pelo investigador ao Portal T5. À época, os agentes alegaram que os jovens estavam em uma moto e teriam desobedecido uma ordem de parada durante a abordagem.
Os dois PMs que participaram da ação foram ouvidos pela polícia cerca de 120 dias depois do fato, após prorrogação do prazo do inquérito. De acordo com o delegado, eles deram a mesma versão sobre o ocorrido, que é divergente dos depoimentos dos familiares das vítimas. Ainda durante a investigação, a Polícia Civil descartou a informação apresentada pelos policiais de que os jovens abordados estariam armados. Isso porque, segundo Diego Garcia, não há provas que confirmem a suspeita.
A reportagem tentou contato com a Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing da Polícia Militar da Paraíba para saber o andamento da sindicância disciplinar aberta para apurar o caso e aguarda retorno.
No mês passado, ao Portal T5, o coronel Lima, comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Santa Rita, explicou porque os policiais envolvidos no caso foram transferidos para Cruz do Espírito Santo, uma cidade vizinha, e justificou: "Eles não foram para a parte administrativa porque já temos poucos policiais na rua".
Luto
Enquanto a investigação segue seu curso, familiares dos adolescentes vítimas da ação tentam seguir a vida com a dor da perda e do trauma. Maria Fernanda, irmã de João Vitor, que tinha 14 anos e morreu após ser atingido com um tiro no peito, disse que espera por justiça.
"Eu tenho fé em Deus que a justiça vai ser feita. Eu não desejo mal pra esses policiais, eu só quero a justiça, porque eles tiraram a vida de uma pessoa inocente", afirmou ela.
O Portal T5 também conversou com a mãe do adolescente de 17 anos que foi baleado durante a abordagem. Segundo ela, o filho continua fazendo fisioterapia para recuperar os movimentos de um dos braços.
Assista a matéria exibida pela TV Tambaú e relembre o caso:
Portal T5