Entre as 18 ações propostas para ampliar a ĂĄrea de atuação da PNPMF figuram a criação de mecanismos para contemplar as farmĂĄcias vivas (que produzem fitoterĂĄpicos) nas diretrizes do programa; a articulação intersetorial entre ministérios, setores pĂșblicos e privados; a organização nacional da informação de base cientĂfica, genética e molecular por meio de plataformas e base de dados, democratizando seu acesso; e o fortalecimento da participação das comunidades indĂgenas, quilombolas, representantes de terreiro, agricultura familiar tradicional, raizeiras, ervaneiros, curandeiras e mateiros na composição no ComitĂȘ Nacional de Plantas Medicinais e FitoterĂĄpicos.
O coordenador do Centro de Inovação em Biodiversidade e SaĂșde de Farmanguinhos/Fiocruz, Glauco de Kruse Villas Bôas, também cita a atualização do arcabouço regulatório e o fortalecimento dos laboratórios nacionais como propostas de incremento para a PNPMF. "Se o Brasil não produz em escala, vocĂȘ não tem o acesso a esses medicamentos no SUS".O documento surgiu a partir do WebinĂĄrio PolĂtica Nacional de Plantas Medicinais e FitoterĂĄpicos, evento organizado pelas Redes de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade e pelo Centro de Inovação em Biodiversidade e SaĂșde de Farmanguinhos/Fiocruz.
Na carta final do evento, entidades cientĂficas pediram a reestruturação do ComitĂȘ Nacional de Plantas Medicinais e FitoterĂĄpicos da PNPMF, com representantes de órgãos de governo e da sociedade civil para realizar seu trabalho à luz dos conceitos da bioeconomia e do Complexo Econômico-Industrial da SaĂșde. Segundo Villas Bôas, o comitĂȘ estĂĄ em fase de reestruturação.
No Ășltimo dia 8, o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, reuniu-se com o secretĂĄrio de CiĂȘncia, Tecnologia, Inovação e Complexo da SaĂșde do Ministério da SaĂșde, Carlos Gadelha, para apresentar a proposta de reformulação da atual PNPMF. A AgĂȘncia Brasil entrou em contato com o ministério para solicitar informações sobre as perspectivas de implementação das mudanças propostas no âmbito da pasta, mas não recebeu resposta até o fechamento da reportagem.
Fonte: AgĂȘncia Brasil