Conforme portaria interministerial, o pĂșblico-alvo é de pessoas inscritas no Cadastro Ănico, em situação de rua ou pobreza, matriculadas em escolas pĂșblicas federais, estaduais e municipais e que pertençam a famĂlias de baixa renda, estejam no sistema penal ou cumprindo medidas socioeducativas.
Os absorventes serão distribuĂdos em estabelecimentos da Atenção PrimĂĄria à SaĂșde, escolas da rede pĂșblica, unidades do Sistema Ănico de AssistĂȘncia Social, presĂdios e instituições de cumprimento de medidas socioeducativas.Estão previstos cursos de capacitação de agentes pĂșblicos para esclarecer sobre a dignidade menstrual, além de campanhas publicitĂĄrias.
A compra dos absorventes deve levar em conta critérios de qualidade previstos pela AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa). CaberĂĄ ao Ministério da SaĂșde fazer uma estimativa do uso médio de unidades de absorventes e do ciclo menstrual.
O Ministério da SaĂșde ressalta que milhares de pessoas não tĂȘm acesso a absorventes no paĂs "e, em consequĂȘncia, meninas deixam de frequentar aulas por vergonha, e mulheres usam formas inadequadas de contenção do fluxo, como papel higiĂȘnico e até miolo de pão".
O projeto, que previa a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda da rede pĂșblica e para mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social, foi aprovado no Senado em setembro de 2021 e seguiu para sanção presidencial. Porém, o então presidente Jair Bolsonaro vetou trechos do projeto. O governo à época argumentou que o projeto contrariava o interesse pĂșblico.
Em março deste ano, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva editou o decreto que regulamenta a Lei nÂș 14.214/21 e instituiu o Programa de Proteção e Promoção da SaĂșde Menstrual.
O objetivo do programa é combater a falta de acesso a produtos de higiene e a outros itens necessĂĄrios ao perĂodo da menstruação ou a falta de recursos que possibilitem sua aquisição, oferecer garantia de cuidados bĂĄsicos de saĂșde e desenvolver meios para a inclusão das mulheres em ações e programas de proteção à saĂșde menstrual.
No mesmo mĂȘs, o Congresso Nacional derrubou veto de Jair Bolsonaro à distribuição de absorventes.
Fonte: AgĂȘncia Brasil