O cineasta brasileiro Giannetto viajou para a Itália e o Reino Unido entre 6 e 24 de outubro de 2024. A viagem, inicialmente divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo e confirmada pelo portal Poder360, incluiu paradas em Palermo e Londres.
Segundo o Estadão, Giannetto nega qualquer envolvimento com o PCC e afirma desconhecer Kauê do Amaral Coelho. Ele justificou a viagem como participação no Festival Internazionale Nebrodi Cinema.
"A Netflix não teve nenhuma participação em sua realização, ou no financiamento e participação do filme em festivais", falou ao Estadão, um representante da plataforma de streaming.
A Netflix esclareceu ao Estadão que apenas licenciou o conteúdo do documentário, "O Grito", sem participar de sua produção ou financiamento.
O documentário de Giannetto critica o sistema prisional brasileiro, incluindo entrevistas com familiares de membros do PCC e do Comando Vermelho (CV), como Marcinho VP e Marcola.
A viagem de Giannetto é foco da operação Fake Scream, conduzida pela Polícia Civil de São Paulo e pelo Gaeco. A operação investiga a ONG Pacto Social & Carcerário de S.P., suspeita de conexões com o PCC.
Giannetto declarou ao Estadão ter sido contratado pela agência K2 para produzir o documentário. A oportunidade de participar do festival surgiu, segundo ele, durante um evento de exibição do filme, onde ONGs ligadas ao sistema prisional sugeriram uma agência de viagens específica em Jundiaí para a compra das passagens, que já estavam pagas.
O foco da investigação, portanto, gira em torno da possível ligação entre o filme, a ONG e o PCC, com a viagem do diretor servindo como um elemento central na apuração das autoridades.
A operação, denominada "Fake Scream", sugere uma possível manipulação ou encobrimento de informações, reforçando a gravidade da investigação e o interesse das autoridades em elucidar as conexões entre os envolvidos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Créditos Revista Oeste