25/01/2025 +55 (83) 98773-3673

SaĂșde

Andre@zza.net

Cobertura de mamografia: ANS propõe idade mínima de 50 anos e enfrenta críticas

Por Blog do Elias Hacker 25/01/2025 às 19:09:41

A AgĂȘncia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou recentemente uma proposta que visa alterar a idade mínima para a cobertura obrigatória da mamografia preventiva pelos planos de saúde, estabelecendo o início a partir dos 50 anos. A medida, que faz parte de uma revisão no rol de procedimentos e eventos em saúde, gerou polĂȘmica e reacendeu debates sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama no Brasil.

O que diz a proposta?
Atualmente, os planos de saúde são obrigados a cobrir mamografias anuais ou bienais a partir dos 40 anos para mulheres assintomĂĄticas, seguindo diretrizes médicas nacionais e internacionais. No entanto, a nova proposta da ANS eleva essa idade para 50 anos, argumentando que a mudança estĂĄ alinhada a recomendações de organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e estudos que sugerem maior custo-benefício da realização do exame nessa faixa etĂĄria.

Repercussão e críticas
A mudança enfrentou forte resistĂȘncia de entidades médicas e grupos de defesa dos direitos das mulheres. Especialistas apontam que a detecção precoce do câncer de mama em mulheres entre 40 e 49 anos tem sido fundamental para aumentar as taxas de cura e reduzir a mortalidade.

"Essa alteração coloca em risco a saúde de milhares de mulheres, especialmente em um país onde o diagnóstico tardio ainda é a realidade para muitas pacientes", afirma a mastologista Renata Oliveira.

Por outro lado, a ANS defende que a proposta não exclui a realização de mamografias para mulheres abaixo de 50 anos, mas ressalta que nesses casos o exame seria indicado apenas mediante recomendação médica, não sendo mais uma cobertura obrigatória para todas.

Impacto sobre a saúde pública
No Brasil, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com aproximadamente 73 mil novos casos estimados anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apesar dos avanços nas campanhas de conscientização e no acesso ao exame, as desigualdades regionais ainda impactam o diagnóstico precoce, com mulheres de regiões mais vulnerĂĄveis sendo frequentemente diagnosticadas em estĂĄgios avançados.

A proposta da ANS também levanta preocupações sobre os efeitos indiretos da medida. A redução no acesso à mamografia preventiva pode sobrecarregar ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS), que jĂĄ lida com alta demanda de tratamentos em estĂĄgios avançados da doença.

Próximos passos
A ANS abriu consulta pública para ouvir as opiniões da sociedade sobre a proposta antes de tomar uma decisão definitiva. Organizações médicas e grupos de defesa dos direitos das mulheres tĂȘm mobilizado campanhas para sensibilizar a população e pressionar a agĂȘncia a manter a idade mínima em 40 anos.

E vocĂȘ, o que acha?
A proposta da ANS levanta questões importantes sobre saúde pública, custo-benefício e direito à prevenção. Participar da consulta pública é uma oportunidade de contribuir para uma decisão que pode impactar a vida de milhões de brasileiras. Afinal, a prevenção ainda é a melhor arma contra o câncer.

Fonte: Agora NotĂ­cias Brasil

Comunicar erro
ComentĂĄrios