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Comissão aprova prorrogar incentivos fiscais para a indústria do cinema até final de 2029

Laura Carneiro, relatora: "O benefĂ­cio incentiva o investimento privado" A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1064/24, que prorroga atĂ© o fim de 2029 o prazo para utilizar o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição CinematogrĂĄfica (Recine), voltado à expansão e modernização do parque cinematogrĂĄfico brasileiro para cidades menores.

Por Eliashacker.com.br 24/01/2025 às 07:34:05

Laura Carneiro, relatora: "O benefício incentiva o investimento privado"

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1064/24, que prorroga até o fim de 2029 o prazo para utilizar o Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição CinematogrĂĄfica (Recine), voltado à expansão e modernização do parque cinematogrĂĄfico brasileiro para cidades menores. A proposta altera a Lei 13.594/18.

Pelo regime, compras no mercado interno ou por importação para implantar ou modernizar salas de cinema são desoneradas de PIS, Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação (II).

O projeto
Pela proposta, a AgĂȘncia Nacional do Cinema (Ancine) ficarĂĄ responsĂĄvel por avaliar e acompanhar o benefĂ­cio.

O governo fixarĂĄ, por decreto, metas e objetivos a serem cumpridos por produtores, distribuidores e exibidores.

Além disso, contribuintes e empresas tributadas pelo lucro real poderão deduzir também incentivos a fundos municipais de cinema (Funcines).

RenĂșncia
A relatora na comissão, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), afirmou que os incentivos contribuem para recuperação da indĂșstria cinematogrĂĄfica dos efeitos da pandemia de Covid-19 no setor. "O benefĂ­cio não traz reflexo negativo no orçamento, pelo contrĂĄrio, incentiva o investimento privado na indĂșstria cinematogrĂĄfica, poupando recursos pĂșblicos", explicou.

Em resposta à comissão, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, estimou que o volume de renĂșncia fiscal anual até 2027 seja em torno de R$ 7,2 milhões. Pela estimativa do governo, para cada R$ 1 de impostos não recolhidos hĂĄ um retorno de R$ 8 em investimentos feitos pelas empresas beneficiadas.

De acordo com a AgĂȘncia Nacional do Cinema (Ancine), o nĂșmero de salas de exibição em 2024 chegou a 3.481, um pouco acima do nĂ­vel pré-pandemia em 2019 (3.478). Porém, a relação entre quantidade de habitantes por sala de cinema deixa o Brasil bem atrĂĄs de paĂ­ses como Argentina, CanadĂĄ, Chile e Colômbia.

Dedução do IR
A proposta também prorroga para fim de 2029 os incentivos fiscais da Lei do Audiovisual. Essa lei permite que pessoas fĂ­sicas e jurĂ­dicas deduzam do imposto de renda (IR) valores que financiaram projetos de produção cinematogrĂĄfica e de audiovisual aprovados pela Ancine.

O projeto aumenta de R$ 4 milhões para R$ 7 milhões o limite de dedução do IR para apoios destinados a obras de cinema brasileiro de produção independente. Para séries, curta e longa metragens, documentĂĄrios e outras obras cinematogrĂĄficas, o limite passa de R$ 3 milhões para R$ 7 milhões.

Próximos passos
A proposta serĂĄ analisada em carĂĄter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Fonte: AgĂȘncia Câmara NotĂ­cias

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