O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou 2024 com uma queda de 29,92% quando considerada a variação em dólares, o pior resultado desde 2015, quando a desvalorização foi de 41%. O desempenho deste ano superou o de 2020, 1º ano da pandemia de covid-19, quando o índice recuou 20,2%.
Os dados são da consultoria Elos Ayta e foram enviados com exclusividade ao site Poder360.
Entre as empresas, a Azul foi a mais desvalorizada, com uma queda de 82,7% no período de 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2024. O Magalu, do setor varejista, ocupou a segunda posição, com uma retração de 77,7%.
O dólar comercial fechou o ano cotado a R$ 6,18, com alta de 0,22% no último pregão de 2024. A moeda norte-americana subiu 27,3% ao longo do ano e foi a sexta mais desvalorizada entre as divisas globais, de acordo com levantamento do economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.
Este foi o primeiro ano em que o dólar ultrapassou a marca de R$ 6,00, superando essa barreira pela primeira vez em 29 de novembro e atingindo o pico histórico de R$ 6,27 em 18 de dezembro. No mercado "intraday", o valor chegou a R$ 6,30 em 19 de dezembro. Após intervenções do Banco Central no mercado cambial, que somaram mais de US$ 33 bilhões até o Natal, o dólar recuou.
Em relação ao dólar, o real foi a moeda que mais se desvalorizou entre os países do G20, além de figurar como a sexta que mais perdeu valor entre 118 divisas internacionais. O real teve uma desvalorização de 21,8% em 2024, ficando atrás apenas das moedas de países com sérios problemas econômicos, como Sudão do Sul (-72,0%), Etiópia (-56,5%), Nigéria (-41,7%), Egito (-39,2%) e Venezuela (-30,8%).
Fonte: agora noticias brasil