O Ministério da Justiça solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar suspeitas de crimes contra a economia popular cometidos por influenciadores e canais de YouTube envolvidos na divulgação de plataformas de apostas irregulares, especificamente o "jogo do tigrinho", que simula uma máquina caça-níquel. O pedido foi baseado em um levantamento da equipe técnica do ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA), que identificou 53 sites e 25 canais, muitos deles de grande alcance, como responsáveis por promover esses jogos ilegais.
A investigação visa apurar a atuação de influenciadores, especialmente adolescentes, que conduzem transmissões ao vivo nos canais e direcionam os espectadores para plataformas suspeitas de apostas. O Ministério dos Esportes demonstrou preocupação com a possibilidade de coordenação entre os influenciadores e as plataformas para aumentar o alcance dessas atividades, apesar de as apostas online serem legais no Brasil desde 2018. A regulamentação das apostas, no entanto, só foi efetivada no final do ano passado, com exigências para que as empresas cumpram critérios legais e regulatórios para operar no país.
O "jogo do tigrinho", por si só, não é ilegal, mas deve ser oferecido apenas por sites que estejam devidamente regulamentados. De acordo com as novas normas, as empresas de apostas autorizadas no Brasil deverão utilizar o sufixo .bet.br em seus sites, uma medida que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025. As plataformas também precisarão se cadastrar no site registro.br, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), para garantir que operem de acordo com as regras estabelecidas. A medida visa oferecer maior segurança aos apostadores e facilitar a identificação das plataformas legais.
Gazeta Brasil