O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou, nesta quinta-feira (19), a prisão preventiva do ex-presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luis Sampaio Santos, do vice-presidente Felipe Mattos dos Santos e do advogado da torcida organizada, Luiz Ferretti Junior. Eles são investigados pelo envolvimento em uma emboscada contra a torcida do Cruzeiro, que resultou na morte de um torcedor cruzeirense e deixou outros 15 feridos.
O ataque, ocorrido em 27 de outubro de 2023, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, envolveu integrantes da principal torcida organizada do Palmeiras. De acordo com o relatório final da investigação da Polícia Civil, 16 membros da Mancha Alviverde foram presos, enquanto quatro outros seguem foragidos. Os acusados enfrentam as acusações de homicídio, 15 tentativas de homicídio, e incêndio, além de agressões e danos materiais a ônibus dos torcedores do Cruzeiro.
A emboscada foi gravada e compartilhada nas redes sociais, onde é possível observar os agressores utilizando pedaços de paus, pedras, barras de ferro e rojões para atacar os cruzeirenses. A motivação do ataque, segundo a acusação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi uma retaliação a uma briga ocorrida em 2022, quando membros da Mancha Alviverde foram agredidos em Minas Gerais por torcedores do Cruzeiro.
Com a prisão decretada dos líderes da torcida e do advogado, o caso agora aguarda a definição de uma data para a fase de instrução judicial, que contará com os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, além dos interrogatórios dos réus. A Justiça decidirá, nesta fase, se há indícios suficientes para levar os acusados a um júri popular.
Além das acusações criminais, o Ministério Público de São Paulo solicitou que os denunciados paguem uma indenização total de R$ 10 milhões, valor que será dividido entre os sucessores do torcedor morto, as vítimas sobreviventes e a prefeitura de Mairiporã.
Gazeta Brasil