O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou nesta sexta-feira (20) que a votação do Orçamento de 2025, prevista para ocorrer na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e no plenĂĄrio, foi adiada para o próximo ano. A responsabilidade pela condução do processo passa a cargo do novo presidente do Congresso, uma vez que o mandato de Pacheco termina em 2024.
O relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), jĂĄ anunciou o adiamento, destacando que a anĂĄlise do texto exige "cuidado e tempo". De acordo com Pacheco, as mudanças no pacote de medidas fiscais foram determinantes para postergar a votação. A aprovação dessas propostas, permite atingir a meta fiscal, só foi concluída nesta sexta-feira.
Precedentes Históricos e Justificativas
Embora a aprovação do Orçamento geralmente ocorra no ano anterior ao qual se refere, esta não é a primeira vez que a votação é adiada. Situações semelhantes ocorreram nos governos Dilma Rousseff, em 2015, e Jair Bolsonaro, em 2021.
"Essa é a peça mais importante do Parlamento, e seu exame exige tempo. Por isso, o relatório serĂĄ apreciado após o recesso parlamentar, na CMO e no Congresso Nacional", explicou Angelo Coronel na última quinta-feira (19).
Apesar das dificuldades do governo para votar o texto ainda em 2024, o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), minimizou os impactos do adiamento. Ele afirmou que a anĂĄlise em fevereiro não comprometerĂĄ o funcionamento do Orçamento, e o relator se comprometeu a apresentar um parecer nos primeiros 15 dias do mĂȘs para que a votação ocorra no início do ano.
Execução do Orçamento em 2025
Embora o Orçamento oficial não esteja aprovado, a Lei de Diretrizes OrçamentĂĄrias (LDO) de 2025 permitirĂĄ a execução de despesas prioritĂĄrias. Entre os itens que podem ser guardados estão:
A LDO também prevĂȘ a continuidade de projetos em andamento para evitar prejuízos à administração pública, limitada a 1/12 do orçamento previsto para cada órgão.
Fonte: Gazeta Brasil