O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das maiores causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. Essa condição ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro ou o rompimento de um vaso sanguíneo cerebral, resultando em danos graves e, muitas vezes, irreversíveis.

De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, milhares de brasileiros são afetados todos os anos, muitos dos quais ficam com sequelas significativas.

O AVC é classificado em dois tipos principais: o isquêmico, responsável por cerca de 85% dos casos, causado pela obstrução de artérias cerebrais, e o hemorrágico, que ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, geralmente devido à hipertensão. Ambos os tipos exigem atendimento médico imediato para minimizar os danos.

Sinais de alerta: mais do que os sintomas clássicos

Os sinais mais conhecidos do AVC incluem fraqueza em um lado do rosto, dificuldade de fala e perda de força em um dos lados do corpo. No entanto, existem sintomas menos evidentes que também indicam risco e devem ser levados a sério.

Problemas na visão, como embaçamento ou visão dupla, podem ser os primeiros sinais de que algo está errado. Movimentos oculares anormais também são um possível indicador de que o cérebro está em sofrimento.

Outros sintomas menos conhecidos incluem tontura repentina e perda de coordenação, que aumentam o risco de quedas, especialmente em idosos.

Náuseas, vômitos e um cansaço extremo também podem surgir sem explicação aparente. Embora muitas vezes sejam subestimados, esses sintomas podem sinalizar um AVC iminente.

O perigo da dor de cabeça súbita

A dor de cabeça intensa e repentina é um dos principais sinais do AVC hemorrágico. Esse tipo de AVC é frequentemente causado por pressão arterial elevada, que pode levar ao rompimento de vasos sanguíneos. Qualquer dor de cabeça fora do comum, principalmente se vier acompanhada de outros sintomas, deve ser tratada como uma emergência médica.

Fatores de risco e prevenção

Alguns fatores aumentam significativamente as chances de sofrer um AVC. Hipertensão, diabetes tipo 2 e colesterol alto estão entre as principais condições de risco. O sedentarismo, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool também são grandes vilões.

Além disso, histórico familiar, idade avançada e sobrepeso podem aumentar a vulnerabilidade. Homens, especialmente os que fazem uso de drogas ilícitas, estão em um grupo de risco ainda maior.

Adotar hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação equilibrada e evitar o consumo de substâncias prejudiciais, pode reduzir as chances de um AVC.

A importância do atendimento rápido

Reconhecer os sintomas do AVC e buscar ajuda médica imediatamente pode salvar vidas. Cada minuto conta, pois o cérebro perde milhões de neurônios a cada instante em que o fluxo sanguíneo é interrompido.

Mesmo sintomas que pareçam leves ou temporários não devem ser ignorados. O tratamento rápido é essencial para aumentar as chances de recuperação e reduzir as sequelas. Ao identificar sinais suspeitos, procure atendimento médico sem demora.

Fonte: Catraca Livre