Ferraris, Rolls-Royces e Aston Martins estão entre os bens encontrados nos palácios presidenciais em Damasco após a fuga de Assad
Após a fuga de Bashar al-Assad para Moscou, parte da população síria invadiu os palácios presidenciais em Damasco neste domingo, 8 de dezembro. A queda do ditador, que governou o país por 24 anos, expôs não apenas os luxos de sua vida privada, mas também uma impressionante coleção de carros de luxo.
Saques e Imagens dos Palácios
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram moradores explorando os opulentos cômodos dos palácios presidenciais, tirando selfies e saqueando móveis e ornamentos. Em um dos registros, crianças correm pelos corredores enquanto adultos retiram cadeiras e vasos. No Palácio Muhajreen, armários foram esvaziados e objetos espalhados pelo chão.
Coleção de Carros de Luxo
Nos arredores dos palácios, os sírios encontraram dezenas de carros de luxo pertencentes a Assad. Vídeos mostram uma garagem repleta de veículos esportivos de alto padrão. Entre os modelos estão marcas icônicas como:
- Ferrari
- Aston Martin
- Rolls-Royce
- BMW
A descoberta da coleção de veículos de luxo provocou revolta e simbolizou o contraste entre o estilo de vida opulento de Assad e as condições de miséria enfrentadas pela população síria ao longo dos anos de guerra civil.
Destruição e Incêndios
Além dos saques, uma sala de recepção do Palácio Tishrin foi incendiada. Prédios ligados aos órgãos de segurança também foram atacados, segundo relatos da ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos e jornalistas da AFP.
Fim da Dinastia Assad
A queda de Assad representa o fim de uma dinastia autoritária que controlou a Síria por mais de 50 anos. O regime foi iniciado por Hafez al-Assad, pai de Bashar, em 1971. As cenas de desordem e luxo revelado lembram a queda do ditador Saddam Hussein no Iraque, em 2003.
Reações Internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou o momento como "histórico" e afirmou que a queda do regime é uma oportunidade para o povo sírio reconstruir o país:
"Até que enfim, o regime de Assad acabou", declarou Biden. "Este é um momento de riscos e incertezas. Os EUA trabalharão com parceiros e interessados para ajudá-los a aproveitar esta oportunidade."
Fuga para Moscou
Bashar al-Assad fugiu de Damasco durante a ofensiva de 12 dias liderada pelo grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e facções apoiadas pela Turquia. O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou a fuga, e a agência estatal russa Tass informou que Assad e sua família receberam asilo em Moscou.
Reações dos Aliados de Assad
Enquanto países como França e Estados Unidos comemoraram o fim do regime, os aliados de Assad expressaram preocupação:
- Rússia afirmou que Assad instruiu uma transição pacífica.
- Irã denunciou a invasão de sua embaixada em Damasco por grupos armados.
- China também demonstrou apreensão com a instabilidade na região.
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