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2024 é o ano mais quente já visto na Terra, aponta observatório europeu


Foto: Lilla79/Pixabay

O ano de 2024 caminha para ser registrado como o mais quente já observado na Terra, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira (09) pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo, o Copernicus.

Em novembro, a temperatura média global da superfície do ar superou em 1,5°C os níveis pré-industriais pela 16ª vez nos últimos 17 meses, marca considerada o limite para evitar danos irreversíveis ao clima e à sobrevivência no planeta.

De acordo com o Copernicus, mesmo sem o encerramento de dezembro, os dados já indicam que 2024 será o ano mais quente desde o início das medições modernas, baseadas no período pré-industrial (1850-1900). Apesar disso, o marco ainda não se torna definitivo para um cenário crítico, pois exige que o limite de 1,5°C seja mantido por vários anos consecutivos.

No Brasil, os efeitos do calor extremo têm sido amplificados pela pior seca já registrada em sua história recente, com milhões de pessoas afetadas, especialmente na região Norte. A chegada da estação chuvosa, prevista para outubro, atrasou em diversas áreas e se mantém abaixo da média em outras, agravando a crise hídrica.

Os reflexos incluem rios com leitos expostos e chuvas insuficientes para reverter a aridez do solo. Além disso, o calor intenso contribui para a propagação de queimadas, que muitas vezes começam como ações ilegais relacionadas ao desmatamento e se espalham rapidamente pela vegetação seca, como em Santarém, no Pará.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que cerca de 400 cidades brasileiras enfrentaram seca extrema ou severa em novembro. A previsão é de que o número suba para 1,6 mil municípios em dezembro, com impactos que se estendem do Norte ao Sul do país.

O aumento das temperaturas também potencializa eventos climáticos extremos, como chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul neste ano. O calor elevado intensifica a evaporação, aumentando a quantidade de vapor d"água na atmosfera e, consequentemente, o volume das precipitações, que têm causado enchentes e outros desastres naturais em diversas regiões.

O cenário descrito pelos especialistas reforça a urgência de ações globais para conter o aquecimento global e mitigar seus impactos crescentes sobre a população e os ecossistemas.

Gazeta Brasil

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