Foram condenados, nesta terça-feira (03), os acusados pelo assassinato do jovem Pedro Gabriel, de 17 anos. O crime foi em novembro de 2022, em João Pessoa. David Nunes de Souza e Érico Luan Gonçalves da Silva foram condenados pelo Tribunal do Júri a penas de 28 anos e 32 anos e 7 meses de reclusão, respectivamente. As sentenças foram dadas depois de 14 horas de julgamento.
Durante a leitura da sentença, a juíza responsĂĄvel reconheceu todas as acusações apresentadas pelo Ministério Público. A tese foi integralmente acatada pelo júri. O caso, que envolveu o possível esquartejamento e sepultamento da vítima em um cemitério clandestino, chamou atenção pela brutalidade, apesar de o corpo do adolescente nunca ter sido encontrado.
O advogado de defesa dos réus, Getúlio de Sousa, comentou o veredicto. "A defesa trabalhou incansavelmente para que esse resultado acontecesse, mas essa é a dinâmica do júri. Desta feita, foi acatada a tese do Ministério Público", disse.
Priscila Fernandes, mãe de Pedro Gabriel, disse que um ciclo foi encerrado. "Como mãe, estou saindo daqui e meu filho não vai estar em casa. Mas, quanto à parte do JudiciĂĄrio, esse ciclo foi fechado hoje. Sempre acreditei em Deus, agradeço primeiramente a Ele, depois à polícia pelo excelente trabalho no inquérito, ao Ministério Público e ao meu advogado, que não deixaram a peteca cair. A justiça foi feita, graças a Deus, também pela alma do meu filho", disse Priscila.
Pedro Gabriel desapareceu em novembro de 2022. Buscas foram realizadas em um cemitério clandestino no bairro Cristo Redentor, mas o corpo não foi encontrado. A investigação levou à prisão de integrantes de uma facção criminosa, entre eles os dois condenados. Apesar da ausĂȘncia do corpo, o Ministério Público baseou sua acusação em fortes indícios de envolvimento no desaparecimento e morte da vítima.
Fonte: Portal T5