Operação Black Friday: Receita Federal e Anatel apreendem 22 mil produtos de telecomunicações avaliados em R$3 milhões
Uma ação conjunta entre a Receita Federal e a Anatel resultou na apreensão de 22 mil produtos de telecomunicações avaliados em mais de R$ 3 milhões. A operação, denominada Black Friday, ocorreu entre os dias 26 e 29 de novembro, em cinco centros de distribuição das plataformas Amazon e Mercado Livre, localizados em Betim (MG) e Cajamar (SP).

Produtos e Objetivo da Operação
Os itens apreendidos incluíam celulares, baterias externas, drones, fones de ouvido, carregadores, laptops, relógios inteligentes e dispositivos de TV. A fiscalização utilizou inteligência artificial para identificar produtos potencialmente ilegais, com o objetivo de garantir que fossem comercializados em conformidade com a legislação.

A Receita Federal destacou que a operação visava coibir práticas como descaminho, contrabando e evasão de impostos, além de proteger o mercado nacional contra concorrência desleal.

Conformidade e Segurança
A Anatel verificou se os produtos atendiam aos padrões de qualidade e segurança exigidos por seu programa de certificação. Apenas produtos homologados podem ser comercializados no Brasil, passando por testes rigorosos para evitar riscos como:

• Radiação excessiva;
• Interferências em redes Wi-Fi;
• Perigos de choques elétricos ou incêndios;
• Uso indevido para coleta de dados dos consumidores.

A homologação também exige a presença de um responsável legal no Brasil, como o fabricante ou importador, para fornecer garantia e assistência técnica aos consumidores.

Impacto e Expectativas
Desde 2018, o Plano de Ação de Combate à Pirataria da Anatel já retirou mais de 8 milhões de produtos irregulares do mercado. A iniciativa protege consumidores e incentiva práticas justas no comércio eletrônico.

Apesar da apreensão, as plataformas Amazon e Mercado Livre ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso. As autoridades esperam que as empresas esclareçam suas políticas de controle e fiscalização de produtos vendidos em seus marketplaces.

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/