O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) pode pedir a saída do ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, devido à insatisfação com as políticas públicas para pequenos produtores rurais e as metas de assentamento para 2024. De acordo com o jornal O Globo, diretores do movimento devem se reunir com Lula ainda esta semana.
O governo planeja assentar 20.490 famílias no próximo ano, mas o MST reivindica um número maior: 60 mil, que seria equivalente à quantidade de famílias acampadas atualmente no país.
Mas, com orçamento limitado, Teixeira tem buscado alternativas como o uso de imóveis rurais penhorados por dívidas para ampliar a reforma agrária. Contudo, o MST considera que essa estratégia não será implementada rapidamente.
Dirigentes do movimento também criticam a gestão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ligado ao ministério, apontando que os compromissos feitos pelo presidente Lula em reunião com o MST em agosto não têm avançado.
— Não tem nenhuma questão de caráter pessoal, mas nós precisamos defender a nossa base, assentada e acampada. Então, se o presidente do Incra e o ministro não estão tendo condições de dar encaminhamento à pauta da reforma agrária, é digno da parte deles colocar o cargo à disposição do presidente — afirmou Diego Moreira, integrante da direção nacional do MST ao O Globo.
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