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Autor de explosões

Autor de explosões em Brasília falava em matar Bolsonaro, afirma governadora em exercício do DF


Celina Leão Expõe Detalhes das Ameaças de Francisco Wanderley Luiz
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, revelou que Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), mencionava em suas mensagens o desejo de matar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante entrevista ao Correio Braziliense, Celina destacou o desequilíbrio emocional e psicológico evidente de Luiz.

"Ele [Francisco] foi filiado ao PL em 2020, antes do Bolsonaro se filiar. E outra informação importante é que no WhatsApp dele, mostrando até o desequilíbrio dele, ele fala que queria matar o Bolsonaro também. Ele fala o nome dos ministros e fala que ele queria matar o Bolsonaro", afirmou Celina Leão.

Investigação Abrangente Solicitada
A governadora em exercício sugeriu que todas as ameaças mencionadas por Luiz sejam levadas em consideração nas investigações. "Você não pode pegar uma investigação e falar "não, esses aqui que ele falou é que valem e isso aqui não vale". Então há um desequilíbrio emocional e psicológico que é perceptível nas ações e que levam ao extremo. O extremo nunca vai ter bom senso, nunca vai tomar uma decisão republicana, nunca vai ser capaz de dialogar e é isso que nós temos que combater", completou.

Debate sobre Regulação das Redes Sociais
As publicações de Luiz também reacenderam a discussão sobre a necessidade de regulação das redes sociais. O ministro do STF Flávio Dino declarou nesta quinta-feira que deseja uma "ação preventiva" contra conteúdos "desatinados e criminosos" nas plataformas digitais. Celina Leão destacou a importância de um equilíbrio entre liberdade de expressão e respeito: "As pessoas às vezes simplesmente falam o que querem. Eu acho que nós vivemos em uma democracia e a gente precisa entender o que é democrático, que é você não gostar ou não falar [com determinada pessoa], e outro tipo é de ameaça. Isso precisa ser estruturado e bem definido para que a gente tenha uma democracia onde você possa falar o que você pensa sem tolher a liberdade, mas também com respeito às instituições", disse a governadora em exercício.

Retorno das Grades de Proteção nas Sedes dos Três Poderes
Após as explosões, Celina Leão ordenou a recolocação das grades de proteção em torno dos prédios dos Três Poderes em Brasília. "Quando nós tivemos aquele momento em que os poderes retiraram as grades, foi um momento simbólico. Foi um momento em que o Brasil queria transmitir uma paz. A Secretaria de Segurança foi contrária à época. A grade não impede, mas ela cria uma barreira a mais. São segundos ou minutos a mais para que os homens [das forças de segurança] que estão ali naqueles locais possam tomar algumas providências", explicou.

Essas grades haviam sido instaladas após os atentados de 8 de janeiro de 2023, mas foram retiradas em fevereiro de 2024 em um evento simbólico que contou com a presença de autoridades. A nova decisão visa aumentar a segurança após o incidente recente.

agoranoticiasbrasil.com.br/

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