Passado quase um mês da votação pelos ministros do Suprerior Tribunal de Justiça (STJ) da lista-tríplice de desembargadores candidatos a uma vaga na corte, Lula segue irritado com a derrota que sofreu ao não emplacar Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), dentre os três nomes. E o incômodo pode trazer consequências para essa e outra nomeação que o presidente terá que fazer para o tribunal.
O primeiro impacto será sobre quando vai decidir qual dos três desembargadores eleitos escolherá — Carlos Brandão (TRF1), Danielle Maranhão (TRF1) ou Marisa Ferreira Santos (TRF3). O presidente não tem a menor pressa.
A segunda e mais dura consequência, porém, poderá ser sobre a outra lista, a que reúne três candidatos a ministro do STJ oriundos do Ministério Público — Marluce Caldas, do Ministério Público de Alagoas; Sammy Barbosa, do Ministério Público do Acre; e Carlos Frederico Santos, subprocurador-geral da República.
Há uma forte articulação entre ministros do STJ pelo nome de Sammy Barbosa, liderada pelo ministro Mauro Campbell. Lula envolveu-se pessoalmente para que seu candidato na lista de desembargadores, Favreto, fosse eleito, e, com isso, sinalizou a ministros que indicaria Sammy, caso ele chegasse à lista.
Mas, diante da derrota imposta pelo STJ a Lula, o presidente vem sendo aconselhado a retaliar os defensores de Sammy e não o escolher.
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