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Banco Central cobra do governo medidas estruturais de corte de gastos

Por Blog do Elias Hacker 06/11/2024 às 19:27:17

Os diretores do Banco Central (BC), que decidiram nesta quarta-feira (6/11) por uma elevação de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, cobraram a "apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal", as medidas de corte de gastos públicos.

Com a decisão, a Selic subiu de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC será realizada nos dias 10 e 11 de dezembro. Além de ser a última reunião do colegiado de 2024, será a última reunião sob a presidência de Roberto Campos Neto. Ele será substituído, a partir de janeiro de 2025, pelo indicado por Lula, o atual diretor de Política Monetária Gabriel Galípolo.

O governo Lula (PT) trabalha na finalização de um conjunto de medidas de revisão das despesas, que poderá ser detalhado ainda nesta semana. Segundo o Banco Central, essas medidas contribuirão para reposicionar a inflação dentro das metas estipuladas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta para 2024 e os próximos anos é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (4,5% e 1,5%). A taxa de juros é o principal instrumento de política monetária do BC para manter a inflação sob controle, isto é, dentro da meta.

"O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", diz o comunicado divulgado no início desta noite.

Atualmente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, está em 4,42% no acumulado de 12 meses até setembro – cada vez mais próximo ao limite da meta.

O mercado financeiro aposta que a inflação vai estourar o teto da meta, ficando em 4,59% até o fim do ano. O dado referente ao mês de outubro será divulgado nesta sexta-feira (8/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/

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