Jornalista da GloboNews, Sandra Coutinho, Criticada por Comentários sobre Eleição de Trump
A analista da GloboNews, Sandra Coutinho, está sendo criticada nas redes sociais depois de afirmar que a eleição de Donald Trump, do Partido Republicano, como presidente dos Estados Unidos, é uma "desmoralização da democracia".
A jornalista fez o discurso na tarde de terça-feira (05), antes do encerramento da votação nos Estados Unidos.
Trump alcançou 277 delegados às 7h30 da quarta-feira (6.nov.2024), superando os 270 necessários para garantir a vitória na eleição.
Sandra Coutinho citou os casos em que o republicano é investigado pela Justiça e declarou que, com ele eleito, os processos "vão ser arquivados" e ele não será "sentenciado" nas ações em que foi condenado.
"É uma desmoralização para o cargo [de presidente], é uma desmoralização para a democracia", disse Coutinho.
Durante o programa, Sandra Coutinho citou que a democracia nos EUA "é sólida", mas Trump "subverte" o que se sabe sobre "a solidez da política" norte-americana: "É muito ruim para um país que se propõe a ser o farol da democracia no mundo, um farol a ser seguido, um exemplo de democracia, ter um presidente condenado".
Comparando com o caso de Lula
O que a jornalista deixou de mencionar, talvez convenientemente, foi o caso do Brasil, que fornece um exemplo contundente e diretamente comparável. Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente da República, foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. Ele não apenas foi processado e condenado, como também cumpriu pena em regime fechado, sendo um dos casos de maior destaque no cenário político brasileiro.
Entretanto, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula foi solto e posteriormente teve suas condenações anuladas, processo que ficou conhecido como "descondenação". A justificativa utilizada envolveu tecnicalidades jurídicas que alegavam a incompetência territorial do juízo de Curitiba para julgar os casos, e não a inexistência dos fatos que levaram à condenação. Ou seja, em nenhum momento foi provada a inocência de Lula, mas sim que o processo deveria ser realizado em outra jurisdição. Esse artifício legal possibilitou que Lula recuperasse seus direitos políticos e concorresse novamente à presidência.
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