Curitiba registrou um recorde histórico de abstenção no segundo turno das eleições municipais. Segundo dados oficiais da Justiça Eleitoral, 432 mil eleitores optaram por não comparecer às urnas, um número que supera o do primeiro turno, quando 400 mil pessoas jĂĄ haviam escolhido a abstenção.
Este número impressionante de abstenções é ainda mais significativo quando comparado aos votos recebidos pelo candidato Eduardo Pimentel (PSD), que obteve 68 mil votos a menos do que o total de abstenções. Pimentel, que disputava a prefeitura contra Cristina Graeml (PMB), viu sua votação ser superada pela quantidade de eleitores que decidiram não participar do processo eleitoral.
A abstenção em Curitiba tem mostrado um crescimento preocupante ao longo dos anos. Em 2012, o primeiro turno das eleições na cidade registrou 106 mil eleitores ausentes. JĂĄ em 2020, pela primeira vez, o número de não votantes ultrapassou os 200 mil eleitores, com 211 mil abstenções. Este ano, o segundo turno bateu todos os recordes anteriores, com 432 mil eleitores optando por não votar.
O prefeito reeleito, Rafael Greca (DEM), comentou sobre o alto índice de abstenção: "É um sinal alarmante para a democracia quando um terço dos nossos cidadãos escolhe não participar do processo eleitoral." Greca destacou a importância de entender as razões por trĂĄs desse fenômeno e buscar formas de engajar mais eleitores no futuro.
A crescente abstenção em Curitiba reflete uma tendĂȘncia nacional, onde o desinteresse e a desilusão com a política tĂȘm levado cada vez mais eleitores a se afastarem das urnas.
Fonte: Hora Brasilia