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TCU aponta inflação de 733% em contratos de propaganda da Secretaria de Comunicação da Presidência

Por Blog do Elias Hacker 27/10/2024 às 16:54:40

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nos contratos de propaganda da Secretaria de Comunicação (Secom) da PresidĂȘncia da República revelou indícios de gastos excessivos e falta de transparĂȘncia nos processos. De acordo com o relatório, as despesas foram infladas em até 733% com justificativas consideradas "genéricas" e, em alguns casos, até "contraditórias".

A auditoria examinou os gastos de cerca de R$ 450 milhões, sob a gestão do ministro Paulo Pimenta, destinados à promoção institucional do governo. Esse valor é o segundo maior entre os órgãos públicos, atrĂĄs apenas do Banco do Brasil, que destinou R$ 500 milhões à propaganda.

O TCU destacou a ausĂȘncia de critérios objetivos para medir a eficĂĄcia das campanhas. O relatório questiona, por exemplo, como justificar o gasto de R$ 10 milhões em uma campanha quando não hĂĄ métricas para avaliar se os objetivos foram atingidos. Segundo o órgão, essa falta de indicadores impossibilita a anĂĄlise de resultados e o retorno sobre o investimento realizado.

Os técnicos do TCU também identificaram justificativas vagas por parte da Secom, com menções a "objetivos de comunicação" sem detalhamentos claros. Esse tipo de argumentação é apontado como um dos fatores para o aumento dos valores contratados, levando a suspeitas sobre a real necessidade dos montantes aplicados.

Outro ponto levantado pelo TCU é a prĂĄtica de revelar previamente os valores das campanhas às agĂȘncias de publicidade, o que, segundo o órgão, impede qualquer negociação de custos mais baixos. Em todos os contratos analisados, as agĂȘncias utilizaram integralmente o valor previsto, sem apresentar economias.

Além da falta de métricas, o TCU apontou que os relatórios apresentados são insuficientes para mensurar a efetividade das campanhas. Sem indicadores de desempenho, o TCU considera impossível afirmar se os objetivos foram alcançados ou não.

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/

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