Ator critica nomeação atual do gênero sertanejo e defende valorização de músicas mais antigas
Pedro Cardoso, o ator de 61 anos, criticou o gênero musical sertanejo, alegando que não acredita na existência de artistas autênticos liderando esse segmento e classificou a música como "do fascismo brasileiro".
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o intérprete de Agostinho de "A Grande Família" (Globo) polemizou. "Não sei se tem algum artista verdadeiro ali. Mas, na minha opinião, é uma temática completamente monótona e de baixíssima inspiração. Não é à toa que essa é a música do fascismo brasileiro. É uma música vazia, de interesse teórico, sobre assunto nenhum. É uma música sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno", opinou.
De acordo com o ator, é injusto rotular o gênero como sertanejo, pois, em sua visão, somente canções mais clássicas, como "No Rancho Fundo", seriam dignas desse título.
"E agora tem um problema de "ser corno e não ser corno", de "minha namorada me largou e eu larguei minha namorada". O único assunto que eles têm é uma questão da masculinidade e da fidelidade feminina", afirmou.
Cardoso ainda se referiu aos cantores como "comerciantes agrícolas brasileiros muito apegados à cultura estadunidense", e adicionou que eles seguem as rotas que o dinheiro estabelece para a arte.
Vários artistas do sertanejo expressaram desacordo com as afirmações. "O comentário dele é tão inútil quanto o papel que ele representou", afirmou Rio Negro, integrante da dupla com Solimões.
"Esses pseudointelectuais sempre com uma análise profunda. Nos diga, grande Agostinho, qual música podemos ouvir? Qual roupa podemos vestir? O que podemos falar?", disse Hugo Pena.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br