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Tebet diz que chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos

Por Blog do Elias Hacker 16/10/2024 às 14:23:21

Em meio à pressão do mercado financeiro por cortes de despesas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou nesta terça-feira (15) que chegou a hora de "levar a sério" a revisão estrutural de gastos. Tebet garantiu que as regras do arcabouço fiscal serão mantidas, mas avaliou não ser mais viĂĄvel promover um ajuste nas contas públicas apenas pela ótica da receita.

– O Brasil jĂĄ fez o dever de casa, o governo, o Congresso, do lado da receita. Não é possível mais apenas sob a ótica da receita resolver o problema fiscal no Brasil. Nós temos o arcabouço que estĂĄ de pé e vai se manter de pé. Não hĂĄ nenhuma sinalização de fazer qualquer tipo de alteração. Consequentemente, é preciso que o Brasil caiba dentro do Orçamento brasileiro – disse.

Apesar disso, a ministra voltou a dizer que, nesta agenda, alguns debates continuam interditados pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT), como a mudança na política de valorização do salĂĄrio mínimo.

– SalĂĄrio mínimo valorizado, isso não se discute. Vai haver sempre a valorização do salĂĄrio mínimo. Portanto, salĂĄrio mínimo crescendo acima da inflação. A aposentadoria acompanhando a valorização do salĂĄrio mínimo. E as demais questões estão na mesa – disse ela, sem citar que questões são essas e nem o total de economia projetado pela equipe econômica.

Tebet disse que o governo continuarĂĄ atuando no combate às fraudes em políticas públicas, mas acrescentou que é preciso avançar em uma agenda mais estrutural.

– Política pública ineficiente não é justiça social. Política pública ineficiente é colocar dinheiro do povo, dinheiro público, em políticas que não chegam aos que mais precisam – avaliou.

A ministra afirmou que a intenção da equipe econômica é levar uma agenda de revisão de gastos a Lula após o segundo turno das eleições municipais. Posteriormente, o governo discutiria o "mĂĄximo de medidas possível" no Congresso Nacional ainda neste ano.

– Nós temos de trabalhar com a política brasileira, nós temos de trabalhar com o diĂĄlogo com o Congresso Nacional. Então, a ideia é colocar o mĂĄximo possível de medidas ainda neste ano, dentro daquilo que a gente saiba que é possível votar, ou começar a discussão e terminar no primeiro semestre do ano que vem, para depois ter um segundo pacote de medidas estruturais – completou.

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br

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