Comprar a picanha prometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou mais difícil em setembro deste ano. Foi isso que apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que, na última terça-feira (8), divulgou que as carnes ficaram, em média, 2,97% mais caras no mês passado. Essa foi a maior alta em um mês desde dezembro de 2020, quando a alta foi de 3,58%.
Na lista de cortes, o contra-filé foi o que mais encareceu entre agosto e setembro, com alta de 3,79%. Na sequência, ficaram a carne de porco (3,67%), o patinho (3,15%) e a costela (3,1%). A própria picanha, que também sofreu alta, ficou 0,12% mais cara em setembro na comparação com o mês anterior.
Entre as carnes, os únicos dois itens que sofreram queda no nono mês do ano, segundo o IBGE, foram a carne de carneiro, que liderou a redução de preços com um decréscimo de 4,41% na comparação com agosto, e a capa de filé, que ficou 0,59% mais barata no mesmo período.
De acordo com o gerente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, André Almeida, o encarecimento do valor da carne foi um reflexo da maior oferta da proteína, com o aumento do número de abates no primeiro semestre. Já o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otavio Leal, destacou que as queimadas foram um fator adicional no aumento dos preços.
– Dessa vez, a seca foi muito mais intensa do que o normal. Vamos ter, sem dúvida, um aumento mais forte sobre o preço da carne nos próximos meses. No atacado, o aumento já chegou a 6% – completou Leal.
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