São Paulo — O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou, nesta terça-feira (8/10), que o Instagram e o Tiktok apaguem os vídeos em que o candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSol) cita um boletim de ocorrência de violência contra mulher registrado contra seu rival nas eleições, Ricardo Nunes (MDB).
Além da citação ao boletim de ocorrência, Boulos também liga seu concorrente ao crime organizado e diz que Nunes "tem histórico de relação com tráfico de drogas".
"Alguém que tem histórico de relação com crime organizado, com tráfico de drogas. Que botou o crime organizado no comando da Prefeitura de São Paulo, nos contratos. Alguém que tem, inclusive, que responder por boletim de ocorrência de violência contra a mulher".
As afirmações foram feitas em uma entrevista coletiva, concedida pelo psolista, após o resultado da apuração das urnas no 1° turno das eleições.
A decisão da juíza Claudia Barrichello, da 2ª Zona Eleitoral, veio após pedido protocolado por Ricardo Nunes. No veredito, a magistrada cita que Pablo Marçal foi condenado várias vezes pela mesma prática, inclusive contra Guilherme Boulos.
Além disso, a juíza estimulou um prazo de 24 horas para que o Facebook, responsável pelo Instagram, e o Tiktok deletem os vídeos, sob pena de multa, após entender que há perigo na demora "considerada a potencialidade lesiva do conteúdo para a imagem do candidato, bem como a abrangência do veículo de publicação em questão, com rápida difusão a elevado número de pessoas".
Até às 18h desta terça-feira (7/10), apenas o Instagram havia retirado o vídeo da plataforma.
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