O Supremo Tribunal Federal (STF) não vai compartilhar com a Controladoria-Geral da União (CGU) provas do inquérito que apura o recebimento ilegal de joias por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão, tomada nesta segunda-feira (23), é do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A CGU pediu acesso a dados como comprovantes de transferências bancárias, mensagens e depoimentos da investigação. Eles eram considerados elementos de prova "imprescindíveis para análise do caso".
Moraes, porém, argumentou que o compartilhamento seria "absolutamente prematuro" porque a apuração ainda não foi concluída.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi contra o compartilhamento, sob justificativa de que o conteúdo poderia comprometer a conclusão do inquérito.
No começo de julho, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente no âmbito da investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.
Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Ele nega as acusações e diz que nada foi escondido.
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