Segunda-feira
O dólar à vista fechou a
segunda-feira em leve baixa no Brasil, apesar do avanço quase generalizado da
moeda norte-americana no exterior, com o real sendo impulsionado pela expectativa
de que o diferencial de juros se tornará mais favorável ao país com o corte de
juros pelo Federal Reserve e com a alta da Selic pelo Banco Central, na próxima
semana.
A moeda norte-americana começou o dia
no Brasil em alta firme ante o real, acompanhando o avanço da divisa dos EUA
também no exterior, em meio à expectativa de que o Federal Reserve comece o
afrouxamento monetário na próxima semana de forma gradual, cortando os juros em
25 pontos-base. Dados econômicos fracos do Japão e da China também pesavam
sobre o iene e sobre as divisas de exportadores de commodities, favorecendo o
dólar.
Terça-feira
O dólar subiu firme na sessão da
terça-feira (10) impulsionado pela reversão de expectativas sobre aumentos da
taxa Selic após dados de inflação mais fracos do que o esperado. Ao final dos
negócios, a moeda americana registrou alta de 1,31% e era cotada a R$ 5,654.
Nas máximas da sessão, atingiu o valor de R$ 5,671. Lá fora, o dólar ficou
estável contra moedas pares.
Com a inflação apontando para baixo,
o Banco Central talvez não precise realizar tantas altas de juros como
anteriormente previsto. Dessa forma, o diferencial de juros entre a economia
americana e o país cai, o que deixa o dólar mais forte ante o real.
Quarta-feira
O Ibovespa (IBOV) zerou as perdas da
semana com apoio das commodities, em dia de atenções divididas por dados de
inflação nos Estados Unidos.
Na quarta-feira (11), o principal
índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,27%, aos 134.676,75 pontos. Já
o dólar à vista terminou a sessão a R$ 5,6498 (+1,32%). No cenário doméstico, o
mercado repercutiu novos dados econômicos. O volume de serviços no Brasil teve
resultado bem melhor do que o esperado em julho e cresceu pelo segundo mês
seguido, iniciando o terceiro trimestre em patamar recorde e com um resultado
que segue favorecendo o desempenho econômico.
Quinta-feira
O Ibovespa fechou em queda de 0,48%
na quinta-feira, 12, aos 134.029 pontos. O movimento ocorreu na contramão do
exterior, onde as bolsas fecharam em alta, tendo como pano de fundo o corte de
juros em 0,25 pontos percentuais (p.p.) pelo Banco Central Europeu (BCE). No
mercado local, as ações da Petrobras, com maior peso no índice, fecharam no
vermelho e puxaram o movimento negativo. As ações ordinárias (PETR3) caíram
1,17% e as preferenciais (PETR4), 1,13%. Apesar de já precificado pelo mercado,
o corte pelo BCE dá início à "temporada" de redução do aperto monetário nos
países ricos.
Sexta-feira
O dólar recuava frente ao real nesta
sexta-feira, acompanhando a fraqueza da moeda norte-americana no exterior, à
medida que os mercados globais abriram o debate em torno do tamanho do corte de
juros a ser feito pelo Federal Reserve na próxima semana.
Às 9h31, o dólar à vista caía 0,37%,
a 5,5969 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro
vencimento tinha queda de 0,33%, a 5,618 reais na venda.
Os dados econômicos vindos dos EUA
durante a semana pareciam apoiar a tese de um corte de 25 pontos-base (pb) na
próxima semana, com a medida de inflação de preços ao consumidor que exclui os
preços voláteis de alimentos e energia subindo mais do que o esperado em
agosto.
A chance de o Federal Reserve (Fed)
abrir o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 50 pontos-base na semana
que vem registrou um salto na madrugada de hoje. A ferramenta CME Group
mostrava 39% de possibilidade de a taxa básica passar do nível atual (entre
5,25% e 5,50%) para o intervalo entre 4,75% e 5,00% agora em setembro,
comparado com apenas 14% na quinta, 12. A baixa liquidez no mercado local faz
com que as cotações do dólar oscilem mais.
A Bolsa de Valores de São Paulo sobe
nesta sexta-feira. Por volta de 15h, o Ibovespa tinha alta de 0,61%, chegando a
134.847 pontos. A recuperação dos preços dos produtos básicos vem beneficiando
o câmbio a favor do real e ajudando a Bolsa. A proximidade com a data prevista
para o corte de juros nos Estados Unidos também começa a animar os
investidores. Com baixa de 1,15%, o dólar cai para R$5,554. O dólar turismo era
negociado a R$5,77.
Mesmo com a queda, esse é mais um
dado que mostra a expansão da economia brasileira. A economia ainda deve se
beneficiar de fatores como estímulo fiscal e crescimento da renda disponível,
mas o ritmo de expansão deve ser moderado.