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Militares responsáveis por carta do golpe responderão a inquérito

Por Blog do Elias Hacker 28/08/2024 às 09:28:59

Os militares identificados como autores da chamada "Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro", deve responder inquérito pode "indício de crime" pelo documento, após a conclusão da sindicância aberta no ano passado para investigar o caso.

O manifesto, assinado por 37 militares, caiu nas mãos então ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, em novembro de 2022. O documento foi considerado pelo comandante da Força Terrestre na época, general Marco Antônio Freire Gomes, como uma pressão para que aderisse a uma tentativa de golpe de Estado.

"Covardia, injustiça e fraqueza são os atributos mais abominados para um soldado. Nossa nação, aquela que entrega os maiores índices de confiança às Forças Armadas, sabe que seus militares não a abandonarão", dizia um trecho. A informação foi revelada pelo Estadão, que teve acesso ao resultado da apuração.

O documento concluía que os oficiais estavam "atentos a tudo que está acontecendo e que vem provocando insegurança jurídica e instabilidade política e social no País". "Ademais, preocupa-nos a falta de imparcialidade na narrativa dos fatos e na divulgação de dados, por parte de diversos veículos de comunicação."

"Índício de crime" por militares
Por ordem do Comandante Geral do Exército, general Tomás Paiva, quatro oficiais que escreveram o documento passaram a responder a um Inquérito Policial Militar (IPM), pois foi detectado que há "indícios de crime". O IPM terá 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para ser concluído.

O Ministério Público Militar (MPM), que é fiscal das investigações, pode requerer novas diligências e incluir outros entre os 26 militares identificados por assinarem o documento e que receberam punições disciplinares entre advertências, repreensões e detenções.

A conclusão do inquérito aponta a participação de 12 coronéis, nove tenentes-coronéis, um major, três tenentes e um sargento.

Dos quatro que redigiram o documento, dois são coronéis da ativa: Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura. E dois estão na reserva: Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso.

Outros 11 militares, mesmo com o nome na carta, deram explicações consideradas suficientes por seus superiores e, por isso, não sofreram nenhuma punição.

Alexandre Bittencourt da Silva esteve à frente do 6° Batalhão de Polícia do Exército até fevereiro de 2022. À época da carta, ele havia deixado o cargo para morar em Santiago, no Chile, para realizar a Pós-Graduação em Condução de Políticas Estratégicas de Defesa, na Academia Nacional de Estudos Políticos e Estratégicos (ANEPE). Após retornar, foi alocado no Departamento-Geral do Pessoal do Exército.

Já Anderson Lima de Moura esteve, pelo menos até 2021, alocado no Departamento de Educação e Cultura do Exército e é coordenador-pedagógico na Academia Militar das Agulhas Negras.

Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/

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