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A Justiça da Argentina realizou na noite de sexta-feira, 9 de agosto de 2024, uma operação de busca e apreensão no apartamento do ex-presidente argentino Alberto Fernández. A ação foi desencadeada após denúncias de agressão feitas pela ex-primeira-dama Fabiola Yañez. A operação é parte de uma investigação mais ampla sobre violência doméstica.
Durante a busca, os agentes confiscaram um telefone celular. A investigação tem o objetivo de verificar se Fernández continuou a assediar Yañez mesmo após ser notificado da denúncia. O procedimento foi solicitado pelo procurador federal Carlos Rivolo.
A operação foi conduzida por policiais federais no 12º andar do prédio River View, situado em Puerto Madero, um bairro nobre de Buenos Aires. Este evento marca um ponto crucial na investigação das supostas agressões sofridas pela ex-primeira-dama. Na mesma sexta-feira, 9 de agosto de 2024, a Justiça decretou o sigilo do processo.
Acusações
Dois dias após a denúncia, o site Infobae publicou uma série de conversas de WhatsApp e fotos que a ex-primeira-dama apresentou como provas contra Alberto Fernández. Entre as imagens, Fabiola aparece com um olho roxo e um hematoma no braço direito. O ataque teria ocorrido em agosto de 2021, durante a pandemia.
Provas apresentadas por Fabiola Yañez
Fabiola Yañez enviou as fotos como forma de repreender Fernández pela atitude violenta. Nas mensagens trocadas entre os dois, evidenciam-se claramente o sofrimento e a gravidade da situação:
- "Isso não funciona assim, você me bate toda hora. É incomum. Ele não pode deixar você fazer isso comigo quando eu não fiz nada com você. E tudo que tento fazer com a mente focada é defender você e você me bater fisicamente. Não há explicação."
- A resposta de Fernández foi: "Mas pare de discutir. No final acabamos lutando por todos os outros."
- Fabiola insistiu: "Você me bateu de novo. Você é louco."
- Alberto Fernández respondeu: "Sinto-me mal."
Contexto da acusação
As imagens e mensagens vêm à tona em um momento delicado para a política argentina. Alberto Fernández, que serviu como presidente da Argentina até 2023, agora enfrenta uma investigação minuciosa. A controvérsia gerada pode ter impactos na sua reputação e em futuras ambições políticas.
Impactos da denúncia
A denúncia de Fabiola Yañez contra Alberto Fernández não só levantou questões sobre a integridade pessoal do ex-presidente como também acendeu um debate mais amplo sobre a violência doméstica na Argentina. Este caso específico trouxe à tona a necessidade de mais medidas e políticas eficazes para proteger as vítimas de violência conjugal.
Com a investigação em curso e o processo em sigilo, resta aguardar os próximos desenvolvimentos neste caso de alta repercussão. A sociedade argentina permanece atenta e esperançosa de que a justiça prevaleça.
Relembre acusação ao filho de Lula
O filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luís Cláudio Lula da Silva, foi acusado de violência doméstica por sua ex-companheira, Natália Schincariol. Contudo, a Polícia Civil de São Paulo decidiu não indiciá-lo após concluir a investigação no dia 15 de julho de 2024, por não encontrar evidências de lesão corporal ou violência psicológica. Natália havia registrado um boletim de ocorrência em abril, relatando ter sido agredida fisicamente e submetida a abusos verbais e psicológicos durante a união estável que mantiveram por dois anos. Ela alegou ter sido chamada de "vagabunda, gorda, feia e doente mental" e relatou ter precisado de um mês de afastamento do trabalho devido ao trauma. Natália também obteve uma medida protetiva do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que considerou seu relato "coerente e verossímil". Luís Cláudio, por sua vez, negou as acusações e afirmou ser alvo de "calúnia, injúria e difamação".
Lula faz piada sobre violência contra mulheres após jogos de futebol
Durante um evento no Palácio do Planalto,em 16 de julho deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um comentário controverso ao associar a violência contra mulheres a uma piada sobre futebol. Lula lamentou os dados de uma pesquisa que indicava o aumento de casos de agressão doméstica após jogos de futebol, mas acrescentou, sorrindo, que "se o cara é corintiano, tudo bem", em referência ao seu time de coração. A declaração foi feita logo após o presidente comentar sobre a cobrança que recebe da primeira-dama, Rosângela da Silva, por conta de agendas oficiais com baixa presença feminina. O comentário gerou reações imediatas, e, no dia seguinte, o Palácio do Planalto divulgou uma nota afirmando que o presidente "em nenhum momento" endossou a violência contra mulheres, reforçando que o respeito às mulheres é um valor inegociável para o governo federal. Lula, durante outro evento na quarta-feira, criticou o que chamou de frases "tiradas de contexto", defendendo que a notícia completa deve ser considerada.
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