Assim como os Estados Unidos e Peru, o presidente da Argentina, Javier Milei, reconheceu o opositor de Nicolás Maduro, Edmundo González Urrutia, como vencedor das eleições presidenciais venezuelanas no último domingo (28/7).
A decisão do chefe de Estado argentino contesta o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, que confirmou a reeleição de Maduro com 51,2% dos votos.
Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores, confirmou a decisão de Milei por meio do X.
"Todos podemos confirmar, sem dúvida, que o legítimo vencedor e presidente eleito é Edmundo González", escreveu a chanceler. Na mesma publicação, ela anexou um link para um site da oposição onde constam dados de atas eleitorais que mostram que González venceu na maioria das seções de votação.
A posição do presidente argentino já era esperada devido a forma com que ele reagiu à divulgação da vitória de Maduro, que chamou de "ditador" e afirmou que a Argentina não reconheceria "outra fraude".
Desconfianças
Com o anúncio oficial feito pela chanceler, a Argentina se alinha com outros países que questionam a legitimidade dos resultados divulgados pelo órgão eleitoral venezuelano e apoiam a contagem da oposição.
Um grupo mais amplo, incluindo Brasil, Colômbia e México, solicitou ao CNE que apresente dados detalhados dos votos, mas não reconheceu oficialmente a vitória de nenhum candidato.
Nessa quinta-feira (1º/8), Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, declarou que González foi o vencedor das eleições de domingo, mencionando "provas contundentes".
"A oposição democrática disponibilizou mais de 80% das atas de apuração obtidas diretamente das seções eleitorais em toda a Venezuela. Esses documentos mostram que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nesta eleição, com uma margem insuperável", afirmou Blinken em um comunicado.
O Peru, na terça-feira (30/7), já havia reconhecido González como o presidente legítimo da Venezuela, antecedendo os Estados Unidos.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br