O corregedor-geral eleitoral,
ministro Raul Araújo, estabeleceu um prazo de cinco dias para que a Polícia
Federal finalize um inquérito administrativo iniciado em agosto de 2021. O
objetivo da investigação é apurar declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) a respeito das urnas eletrônicas brasileiras.
A decisão de Araújo foi tomada em 28
de junho, mas sua publicação no Diário de Justiça Eletrônica ocorreu na
quarta-feira, 24 de julho. Na ordem, Araújo destaca: "Constata-se que o prazo
concedido para a conclusão do Registro Especial nº 2021.0058802 expirou sem que
houvesse manifestação da Polícia Federal. Assim, determina-se que a autoridade
policial responsável informe a esta Corregedoria-Geral sobre os resultados das
investigações referentes ao Registro Especial nº 2021.0058802, no prazo de
cinco dias."
O inquérito foi aberto após
declarações de Bolsonaro, incluindo transmissões ao vivo, nas quais o
ex-presidente alegou a existência de fraude nas eleições de 2018, que ele
venceu no segundo turno. Bolsonaro afirmou ter recebido mais votos do que o
registrado oficialmente, mas nunca apresentou provas substanciais para
respaldar suas alegações.
Na ocasião da abertura do inquérito,
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia determinado que a apuração deveria
contemplar uma "ampla dilação probatória", incluindo a coleta de provas,
depoimentos, juntada de documentos, perícias e outras medidas necessárias para
esclarecer os fatos.
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