O Banco Central (BC) anunciou, nesta segunda-feira (22), que serão
realizados ajustes de segurança para pagamentos por Pix. A atualização
acontecerá em 1º de novembro e prevê que dispositivos que ainda não tenham sido
cadastrados previamente tenham transações limitadas a R$ 200, não excedendo o
valor diário de mil reais. O BC também decidiu adiar lançamento da modalidade
Pix Automático. Fica para junho de 2025.
"Essa medida minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos
diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar
transações Pix. Isso dificultará a fraude em que o agente malicioso consegue,
por meio de roubo ou de engenharia social, as credenciais, como login e senha,
das pessoas", explicou o BC.
Os bancos também terão que adotar algumas novas medidas:
– Gerenciamento de risco de fraude e identificação de transações Pix
atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente;
– Disponibilizar nos canais eletrônicos informações sobre os cuidados
que os clientes devem ter para evitar fraudes;
– Verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes
possuem marcações de fraude na base de dados do BC. Nesses casos, a orientação
é que os bancos encerrem o relacionamento ou usem do limite diferenciado de
tempo para autorizar transações iniciadas e bloqueio cautelar para as
transações recebidas.
Pix Automático
A nova modalidade estará disponível no dia 16 de junho de 2025 e dará a opção
de serem feitas cobranças ou pagamentos recorrentes sem que haja a autenticação
de cada transação. Para isso, basta que o usuário realize autorização prévia
pelo próprio dispositivo de acesso (celular ou computador), e permita os
débitos periódicos de forma automática.
A ideia é facilitar as cobranças recorrentes, que poderão ser utilizadas
por diversas empresas, de setores de atuações diferentes. Entre elas, estão
concessionárias de serviço público, escolas, faculdades, academias,
condomínios, clubes sociais, planos de saúde, serviços de streaming, portais de
notícias, clubes por assinatura e empresas do setor financeiro.
O BC explicou que "para o usuário recebedor, o Pix Automático tem o
potencial de aumentar a eficiência, diminuir os custos dos procedimentos de
cobrança e reduzir a inadimplência".
"A redução é esperada pois a operação independe de convênios bilaterais,
como ocorre atualmente no débito em conta, e utiliza a infraestrutura já criada
para o funcionamento do Pix", completou.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/