Em uma área que foi completamente destruída pelo fogo, o que mais
impressiona é uma casa que resistiu a esse fogo.
O caminho pelas cinzas leva até o Édson Damásio Martins. A casa dele foi
construída próxima do rio. A rota é usada por milhares de turistas todos os
anos. O fogo destruiu a vegetação que sempre impressionou os visitantes.
"O fogo começou aqui em cima, chegou aqui e queimou tudinho. Queimou
tudo no campo. Vim de encontro para combater, mas não teve jeito. A labareda
foi intensa. Só ficou a casa. Tive que sair daqui e ficar lá na beira do rio
assistindo queimar o capinzal. Não teve o que fazer", conta o peão.
Da varanda, o pantaneiro observa o horizonte. A esperança é pelo fim dos
incêndios e por um novo ciclo, cheio de vida. Com o Pantanal recuperado e
preservado.
Nos primeiros seis meses de 2024, o Brasil registrou quase 36 mil focos
de incêndios florestais – 53% a mais do que no mesmo período de 2023. O número
mais alto para um primeiro semestre em uma década. A Amazônia e o Cerrado
responderam por três em cada quatro focos identificados por satélites.
Os incêndios estão prejudicando uma das principais atividades econômicas
do Pantanal: o ecoturismo.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/