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STF tem maioria para alterar reforma da previdência feita no governo Bolsonaro

Por Blog do Elias Hacker 22/06/2024 às 08:28:59

Foto: Reprodução.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria ontem para declarar a inconstitucionalidade de alguns trechos da Reforma da PrevidĂȘncia aprovada em 2019 pelo Congresso Nacional. No entanto, o julgamento foi interrompido pelo pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. As informações são da Exame.

A reforma, proposta pelo governo Jair Bolsonaro e aprovada pela Câmara e pelo Senado, modificou as regras de aposentadoria tanto para trabalhadores do setor público quanto do privado. O julgamento atual, contudo, se concentra apenas em aspectos específicos da reforma relativos aos servidores públicos.


Contribuição ExtraordinĂĄria

Um dos pontos que obteve maioria para ser invalidado é a contribuição adicional sobre aposentadorias e pensões superiores ao salĂĄrio-mínimo em casos de déficit. Antes da reforma, apenas inativos com rendimentos acima do teto do INSS eram sujeitos à contribuição.

O relator, ministro Luís Roberto Barroso, destacou que essa contribuição seria um "plano B" caso a alíquota progressiva não fosse suficiente para sanar o déficit. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes discordou, argumentando que a medida tem carĂĄter "confiscatório".

Mudança no Regime Geral

Outro ponto questionado é o impedimento de contar o tempo de serviço, e não apenas a contribuição, ao passar do regime geral da PrevidĂȘncia para o de servidores. Esse trecho afeta principalmente juízes e membros do Ministério Público que anteriormente trabalhavam como advogados.

O ministro Cristiano Zanin considerou que havia um "direito adquirido" para esses profissionais, enquanto Barroso afirmou que os advogados que não contribuíram para a PrevidĂȘncia Social descumpriram a lei.

Benefício das Mulheres

HĂĄ também maioria contra a diferença no cĂĄlculo das aposentadorias para mulheres do setor privado em comparação às do setor público. O ministro Edson Fachin afirmou que a diferença de tratamento não se justifica, enquanto Barroso defendeu que o regime jurídico do setor público minimiza as desigualdades de gĂȘnero.

Discussão Sensível

Gilmar Mendes, ao pedir vista, destacou a sensibilidade da discussão e a necessidade de analisar o impacto financeiro das medidas jĂĄ em vigor. Ele tem um prazo de 90 dias para devolver o processo.

Estão em anĂĄlise 13 ações apresentadas por associações de servidores públicos e partidos políticos, representando defensores públicos, membros do Ministério Público, juízes, auditores fiscais e delegados da Polícia Federal.

Fonte: terrabrasilnoticias.com

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