O Senado Federal votarĂĄ nesta
terça-feira (18) o projeto de lei que estabelece as diretrizes para o uso da
inteligĂȘncia artificial no Brasil. O tema serĂĄ analisado em reunião agendada para
as 14h.
O relator da proposta, senador Eduardo
Gomes (PL-TO), apresentou substitutivo ao texto original, proposto pelo
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A proposta foi baseada em um
projeto elaborado por comissão de juristas que estudou o tema em 2022.
Segundo o substitutivo, ficam fora da
regulamentação os sistemas de IA desenvolvidos exclusivamente para defesa
nacional, os utilizados em atividades de pesquisa e os que não são
disponibilizados no mercado. Além disso, não estão sujeitos à regulamentação os
sistemas utilizados por pessoas físicas apenas para fins particulares e não
econômicos.
De acordo com o texto, antes de entrar
em operação, um sistema de IA deve passar por uma avaliação preliminar
realizada pelos desenvolvedores e fornecedores, visando determinar o grau de
risco do aplicativo.
Relator da proposta
Eduardo Gomes afirmou na semana passada
que não hĂĄ mais espaço para adiar a aprovação de uma lei sobre o tema,
mesmo havendo pontos de divergĂȘncia em relação ao assunto.
"Não hĂĄ margem de dúvida: o país quer e
reclama uma lei sobre inteligĂȘncia artificial. Se ainda hĂĄ aqueles que lutam
contra legislar sobre esse tema, que tentam obstruir o processo democrĂĄtico,
percebemos claramente que são minoria", declarou o parlamentar
durante sessão temĂĄtica de debate no plenĂĄrio do Senado.
Gomes disse que não hĂĄ interesse
público em uma "proposta meramente principiológica, excessivamente permissiva e
pouco prescritiva". "Leis puramente programĂĄticas são leis ineficazes. É
desregulação, ao invés de regulação. Não promovem segurança jurídica mínima.
Nem garantem direitos de maneira adequada", completou.
Destaques da proposta
"O novo texto não cria um regime novo
de responsabilidade civil, apenas se refere ao que jĂĄ existe hoje no sistema
jurídico brasileiro. Assim, evitamos uma discussão cara para setores organizados,
reduzindo o peso da regulação sobre a atividade econômica e efeitos colaterais
indesejados nesse estĂĄgio do desenvolvimento da tecnologia", destacou Gomes.
Fonte: Créditos: Portal Correio