O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(Andes) disse considerar "vergonhoso" que o presidente Luiz InĂĄcio Lula da
Silva (PT) tenha se reunido somente com os reitores de universidades federais
para discutir a greve, desconsiderando a presença dos professores. Primeira
tesoureira do sindicato, Jennifer Webb jĂĄ havia destacado no Senado que não são
os dirigentes que vão acabar com a paralisação, e sim o corpo docente.
– Infelizmente, vergonhosamente, o governo e o presidente Lula estão
atendendo a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior) e o Conif (Conselho Nacional das Instituições da
Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) como convidados
e sequer receberam as entidades representativas das categorias em greve. Não
vão ser os reitores e reitoras que vão nos tirar dessa greve. O que vai
encerrar essa greve é um processo de negociação justo que a gente reivindica e
é somente a base que vai deliberar sobre isso – declarou em audiĂȘncia pública
no Senado na última quarta-feira (5).
Na reunião desta segunda (10), Lula disse aos reitores não ver razão
para a greve dos professores e servidores estar durando tanto. A paralisação
teve início em 15 de abril.
– Eu acho que, nesse caso da educação, se vocĂȘs analisarem o conjunto da
obra, vocĂȘs vão perceber que não hĂĄ muita razão para essa greve estar durando o
que estĂĄ durando, porque quem estĂĄ perdendo não é o Lula, não é o reitor, é o
Brasil e os estudantes brasileiros – afirmou o chefe do Executivo.
Na ocasião, seu governo anunciou o investimento de R$ 5,5 bilhões em
infraestrutura e a criação de dez novos campi universitĂĄrios.
Segundo a Folha de S.Paulo, uma rodada de negociações entre professores
e o Ministério da Gestão estĂĄ prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (14)
no Ministério da Educação (MEC). Contudo, a pasta antecipou que não serĂĄ
possível conceder um aumento salarial de 3,69% neste ano, 9% em janeiro de 2025
e de 5,16% em 2026, como pedem os grevistas.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br/