Maria do Rosário (PT-RS), a única deputada federal petista a votar a favor da derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei que restringe a saidinha de presos, disse que tomou a decisão para evitar "ataques da extrema-direita". Na última terça-feira (28), a vedação aplicada por Lula foi derrubada com 314 votos na Câmara e 52 no Senado.
– Se eu não criar condição para que a população me escute em outros temas, sempre estarei como alvo de ataques da extrema-direita, então quis dialogar tirando o foco disso. Foi um equívoco o veto. Temos que debater de forma mais complexa temas como esse. Meu voto para derrubar [na verdade, manter] o veto só serviria para ataques rasteiros – disse Rosário, ao jornal O Globo.
Além de Maria do Rosário, apenas um outro integrante do PT no Congresso votou junto com a oposição para derrubar a decisão de Lula: o senador Fabiano Contarato (ES). O veto aplicado pelo presidente permitia que os presos do regime semiaberto continuassem saindo temporariamente para visitar a família ou para atividades que auxiliassem no "retorno ao convívio social".
A deputada petista também disse que tem focado sua atenção nas discussões sobre a reconstrução do Rio Grande do Sul e que tem acompanhado o ministro Extraordinário de Apoio À Reconstrução, Paulo Pimenta, em agendas realizadas em território gaúcho.
– Procurei com esse voto retirar o discurso extremista que tenta sempre desvirtuar nossos posicionamentos e sair dessa questão, em que eu sou alvo de ataques permanentes. Meu objetivo unicamente é centrar no debate de como o Rio Grande do Sul vai se recuperar – completou.
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