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As
chances de Jair Bolsonaro apoiar o empresário Pablo Marçal na disputa pela
Prefeitura de São Paulo são nulas, conforme relataram interlocutores próximos
ao ex-presidente à CNN.
O
entorno bolsonarista avalia que Marçal possui um piso de 10% e um teto de 15%
nas intenções de voto, o que torna inviável sua chegada ao segundo turno.
Segundo fontes, a possibilidade de Marçal avançar para a segunda etapa das
eleições poderia existir se Bolsonaro declarasse apoio a ele, porém isso é
considerado impossível de ocorrer.
O candidato preferido
pelo ex-presidente continua sendo o prefeito Ricardo Nunes. No entanto,
garantem seus interlocutores, o motivo principal para o não apoio a Marçal não
é esse. Bolsonaro e seus filhos têm ressentimentos antigos em relação ao
empresário, especialmente devido a vídeos nos quais Marçal critica a direita e
o bolsonarismo.
Os
bolsonaristas lembram que Marçal, no passado, teve posturas semelhantes às do
Movimento Brasil Livre, que se tornou crítico do bolsonarismo. Além disso,
houve atritos com o pastor Silas Malafaia no passado, e um episódio na campanha
de 2022 também é mencionado, no qual Marçal teria se oferecido para fazer uma
live não autorizada pela campanha de Bolsonaro.
Atualmente, há uma percepção de que Marçal
está deixando correr a possibilidade de apoio de Bolsonaro enquanto se aproxima
de expoentes bolsonaristas, ensaiando uma aproximação.
A
CNN procurou Pablo Marçal para que ele comentasse a percepção do entorno de
Bolsonaro e aguarda uma resposta.
Sobre seu histórico de indisposição com Silas
Malafaia, Marçal comentou: "Nós somos irmãos e isso já foi resolvido. Já liguei
pra ele e me desculpei. Malafaia é um homem que eu sigo respeitando. Nosso
desentendimento foi meramente por causa da campanha presidencial."
Questionado
sobre a live, Marçal respondeu: "Isso não aconteceu. Ou pelo menos eu nunca
soube que existiu".
Sobre suas críticas à direita, ele declarou:
"Todo ser que pensa critica. Eu inclusive procuro estar cercado de pessoas que
tenham essa liberdade de expor suas ideias e de fazer apontamentos, porque só
assim podemos avançar e alcançar o progresso. Quem tem medo de crítica flerta
com a censura e castra a liberdade de expressão. Eu tenho o maior respeito pelo
Bolsonaro e isso ficou mais que evidente quando coloquei toda a minha energia
para colaborar na sua campanha em 2022. Em todo caso, se colocar na balança,
todas as minhas críticas ao Bolsonaro pesaram 22 gramas, enquanto as que fiz ao
Lula foram 13 toneladas."
Sobre
a leitura de que estaria tentando se aproximar da família Bolsonaro devido à
sua campanha, Marçal afirmou: "Não existe tentativa de "reaproximação" porque
para se reaproximar de alguém é preciso ter se afastado, e isso não aconteceu.
Seguimos juntos e continuo à disposição dele desde o momento que firmei aliança
e o servi."
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