Um homem com um dispositivo explosivo foi preso nesta quinta-feira (23)
na sede do partido de direita português Chega, em Lisboa, onde ele planejava
matar o líder do grupo, André Ventura, que é atualmente o principal aliado do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no país europeu.
Uma fonte da Polícia de Segurança Pública confirmou a prisão à agência
EFE e acrescentou que pode ter sido um caso de "saúde mental" e que o suspeito
estava sendo examinado no hospital até o início da tarde desta quinta.
Ventura, que está em Funchal, capital do arquipélago da Madeira, onde
estão sendo realizados eventos de campanha antes das eleições regionais do
próximo domingo (26), disse aos jornalistas que foi informado de que "alguém
havia entrado ou tentado entrar" na sede do partido.
– Tenho muito pouca informação porque fui notificado agora que estava
vindo para cá, para o centro de Funchal, que alguém tinha entrado ou tentado
entrar na nossa sede e que ele disse que estava carregando um dispositivo
explosivo e que queria me matar – disse Ventura.
O líder do Chega acrescentou que a polícia montou um "perímetro" de
segurança em torno do prédio de seu partido em Lisboa e do Parlamento, que fica
nas proximidades. O político também afirmou que avaliaria com a polícia se há
mais riscos à sua segurança ou se esta é uma situação isolada.
– É lamentável que essa escalada de violência possa continuar. Vamos
reavaliar nossa própria segurança que temos na sede – comentou.
Este incidente ocorre dias depois que um homem de 71 anos alvejou e
deixou gravemente ferido o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, na cidade
de Handlova, na região central da Eslováquia. O fato aconteceu no último dia 15
de maio.
*Com informações EFE